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FLORESTA NACIONAL CAXIUANÃ

Projeto socioambiental forma pesquisadores comunitários no Marajó

Moradores da Flona de Caxiuanã, no arquipélago do Marajó, protagonizam a integração de saberes científicos e tradicionais em projeto do Instituto IPÊ e ICMBio

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Imagem ilustrativa da notícia Projeto socioambiental forma pesquisadores comunitários no Marajó camera A primeira experiência no país ocorreu na Floresta Nacional de Jamari, em Rondônia. | Reprodução

A Floresta Nacional de Caxiuanã, localizada no arquipélago do Marajó (PA), é a segunda unidade de conservação do Brasil a receber o projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Área de Concessão Florestal. A ação é desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A primeira experiência no país ocorreu na Floresta Nacional de Jamari, em Rondônia.

Desenvolvimento local e formação de pesquisadores

O projeto começou em Caxiuanã em 2022, a partir de uma demanda da comunidade para compreender os impactos da concessão florestal em uma das duas áreas da unidade.

Até agora, 25 pesquisadores comunitários foram formados, moradores da própria Flona com conhecimento tradicional sobre a biodiversidade. Eles receberam três cursos de qualificação e participaram da etapa prática em campo.

De acordo com o ICMBio, o objetivo é avaliar os impactos da concessão sobre a biodiversidade, comparando áreas conservadas e de manejo florestal. O monitoramento abrange plantas, borboletas, aves e mamíferos.

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Resultados preliminares

Segundo a coordenadora de projetos do IPÊ, Débora Lehmann, já é possível observar sinais de regeneração natural da floresta:

“Sabemos que o impacto existe pela atividade de concessão, mas os resultados preliminares apontam que, com o passar dos anos, a floresta demonstra tendência à regeneração à medida que o período pós-manejo se prolonga”.

Entre as seis espécies mais registradas em área conservada, quatro (macaco-prego, bugio, cutia e mico-preto) também foram identificadas nas áreas de manejo.

Participação da comunidade

Para os monitores locais, a iniciativa também representa oportunidade de acesso ao conhecimento científico.

O morador Gerald Nascimento, que atua há três anos no projeto, afirma:

“Eu me sinto muito gratificado em fazer parte desse projeto. Ele trouxe oportunidade para que nós, comunitários, também atuemos como pesquisadores. Além disso, é uma forma de debater com os moradores do território e mostrar a importância da pesquisa científica”.

Avanços alcançados

  • Nos três primeiros anos de execução, o projeto já:
  • Realizou dois Encontros dos Saberes para interpretação de dados;
  • Publicou um artigo científico com resultados preliminares;
  • Iniciou as discussões para implantar o protocolo de monitoramento da castanha-da-Amazônia, envolvendo comunidades quilombolas;
  • Apoio à elaboração do Plano de Trabalho do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).

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Protocolos de monitoramento

O monitoramento da biodiversidade em Caxiuanã é dividido em sete protocolos:

  • Quatro básicos: plantas, aves, mamíferos e borboletas frugívoras;
  • Dois avançados: borboletas e TEAM (câmeras fotográficas para registrar aves e mamíferos, inclusive no período noturno);
  • Um de madeira: coleta de amostras vegetais enviadas ao JBRJ para identificação botânica e análise genética.

Segundo Débora Lehmann, as informações coletadas orientam decisões sobre a concessão florestal e apoiam a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora/ICMBio).

Sobre a Flona de Caxiuanã

Criada em 1961, a Floresta Nacional de Caxiuanã tem 330 mil hectares, abrangendo os municípios de Portel e Melgaço, no arquipélago do Marajó.

É a Flona mais antiga da Amazônia, abrigando ecossistemas como terra firme, igapó e várzea. Atualmente, cerca de 118 famílias vivem na unidade, distribuídas em sete comunidades.

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