
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, têm reunião marcada para a próxima sexta-feira (15), em Anchorage, no Alasca, para discutir alternativas que possam levar ao fim da guerra na Ucrânia. A escolha do local, que pertenceu à Rússia até 1867, foi anunciada por Trump no dia 8 de julho por meio da rede social Truth Social.
Segundo o presidente americano, o estado foi escolhido por estar separado da Rússia pelo estreito de Bering, com cerca de 88 quilômetros de distância entre as partes continentais dos dois países. O assessor presidencial russo Yuri Ushakov afirmou que a proximidade geográfica facilita o deslocamento das delegações e que o encontro no Alasca é considerado estratégico.
A viagem deve durar cerca de nove horas de Moscou até Anchorage e aproximadamente oito horas a partir de Washington. O local também garante que Putin não sobrevoe países com restrições à sua presença, já que ele é alvo de mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra.
Posição da Ucrânia
Não há confirmação da participação ucraniana na reunião. A Casa Branca informou que Trump está aberto à inclusão do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nas discussões, mas Putin ainda não confirmou. Segundo Kiev, qualquer acordo envolvendo o conflito deve contar com a presença ucraniana.
Zelensky declarou, em mensagem publicada no Telegram, que qualquer decisão tomada sem a Ucrânia será considerada contrária à paz. Nas últimas semanas, representantes de Kiev e Moscou participaram de três rodadas de negociação solicitadas por Washington, sem avanços.
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Situação no território ucraniano
A Rússia mantém controle sobre regiões no sul e sudeste da Ucrânia, incluindo áreas de Donetsk, Luhansk, Kherson, Zaporizhzhia e a Crimeia, ocupada desde 2014. Esses territórios estão no centro das discussões para um possível acordo de cessar-fogo.
De acordo com a emissora americana CBS News, Trump busca intermediar um entendimento que permita à Rússia manter o controle da Crimeia e de parte das áreas ocupadas, em troca de garantias de que não haverá novas ofensivas. Até o momento, não houve confirmação de que Putin aceite negociar nesses termos.
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