
Cerca de duas mil pessoas se reuniram neste domingo (15) em São Paulo para protestar contra os ataques militares de Israel à Faixa de Gaza, em um ato que também buscou pressionar o governo brasileiro a adotar uma postura mais firme em relação ao conflito. Intitulada como "Contra o Genocídio na Palestina", a manifestação teve início na Praça Roosevelt e seguiu pelas principais ruas da cidade, incluindo as avenidas Consolação e Dr. Arnaldo, até a região do Pacaembu.
O protesto contou com a presença de sindicalistas, ativistas e políticos, e teve como pauta principal o repúdio aos ataques israelenses e a exigência de medidas mais incisivas por parte do governo de Lula. Durante o ato, os manifestantes carregavam bandeiras palestinas e cartazes e exigiam do presidente brasileiro o rompimento das relações diplomáticas com Israel.
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Entre os manifestantes, estava o ativista Thiago Ávila, deportado por Israel na última quinta-feira (12) após tentar levar ajuda humanitária a Gaza a bordo do veleiro "Madleen". Ávila foi preso pelas autoridades israelenses em águas internacionais, o que gerou reações em diversos setores da sociedade brasileira.
A mobilização foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que tem defendido publicamente a mudança de posição do governo brasileiro diante da escalada de violência em Gaza. No protesto, diversas pessoas levavam faixas com mensagens contra a postura diplomática do Brasil em relação a Israel, como "Lula, rompa com Israel já!" e "É uma vergonha o Brasil ainda ter relações com Israel".
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O deputado federal Guilherme Boulos esteve presente no ato e, no discurso dele, não poupou críticas à conduta de Israel no conflito. “O que a gente tem visto, crianças sendo mortas na fila por comida, a falta de água, famílias palestinas sendo destruídas e despedaçadas, só não indigna quem já morreu por dentro. Qualquer pessoa minimamente humana olha para aquilo e sabe que é inaceitável, que é um crime contra a humanidade. Gaza virou um campo de concentração a céu aberto. É o símbolo do apartheid contra o povo palestino no século 21", afirmou.
Além de São Paulo, manifestações como está também ocorreram em outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre, com um crescente número de pessoas que pediam por uma postura mais assertiva do governo brasileiro na crise humanitária.
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