Guto compara chute de Hernandez com Nelinho e Roberto Carlos

Desde que chegou, Guto Ferreira mudou o ambiente no Clube do Remo. Em quatro partidas no comando, foram quatro vitórias e um novo fôlego na luta pelo acesso. A mais simbólica delas veio na noite da última terça-feira, 14, no clássico diante do Paysandu, vencido por 3 a 2, com direito a golaço de falta de Diego Hernández.

Com o resultado, o Leão chegou a 51 pontos, ocupa a sexta colocação e está a apenas um ponto do G-4. A equipe vive o melhor momento na competição nacional e volta a jogar no próximo sábado, 18, às 20h30, contra o Athletic-MG, no Baenão.

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O treinador comemorou o desempenho coletivo e fez questão de destacar o talento individual que decidiu o clássico. O gol de falta de Diego Hernández, no fim, arrancou elogios de Guto, que comparou o lance a ídolos históricos do futebol brasileiro.

"Ele deu um três dedos violento, a bola passa com uma perfeição por cima da barreira. Lembrei do Nelinho (que passou pelo Remo), do Roberto Carlos. O Nogueira foi bem na bola, mas não teve o que fazer", destacou.

Guto também aproveitou para valorizar o meia uruguaio pelo comprometimento no dia a dia. Segundo o técnico, o gol coroou um dos atletas mais dedicados do elenco azulino.

"Tenho que exaltar um dos caras que mais trabalha, mais treina. O GPS dele em todos os jogos está entre os top da equipe. Eu não entendo porque, quando cheguei aqui, disseram 'ah, não coloca ele que a torcida vaia’. Eu vou continuar colocando ele. Ele foi premiado", ressaltou.

Para o treinador, Diego Hernández, que entrou no segundo tempo, representa o espírito do grupo, que vem se superando a cada rodada e mostrando maturidade para reagir aos momentos adversos.

"Estou falando dele porque acho que ele representa o esforço que a equipe faz todos os dias. Todos eles estão querendo muito", pontuou.

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Mesmo reconhecendo o desgaste físico da equipe, que teve menos tempo de descanso em relação ao rival. Guto elogiou a postura do time por não desistir da vitória mesmo após abrir 2 a 0 no placar e sofrer o empate.

"Não é desculpa, mas é simplesmente constatar o que acontece, porque senão a gente 'acha pêlo em ovo' onde não tem. Nós jogamos na quinta-feira um jogo de altíssima intensidade. O Paysandu teve dois dias a mais, jogou na terça. Para o nível de jogo que fizemos, a diferença é absurdamente grande. Quando tomamos o empate, fomos uma equipe que não abriu mão de ganhar", exclamou.

Com a confiança restabelecida e a torcida empolgada, o Remo encara a reta final da Série B com moral e chance real de acesso. O confronto diante do Athletic-MG, no Baenão, pode colocar o time azulino dentro do G-4, onde restarão apenas cinco rodadas.