
Apesar da abertura oficial da janela de contratações neste mês de julho está aberta desde o último dia 10, o Paysandu segue impedido de realizar qualquer tipo de movimentação de mercado, seja contratação ou até mesmo empréstimo por conta da punição do transfer ban - medida imposta pela FIFA que impede o clube de realizar novas contratações devido a infrações ou dívidas relacionadas a transferências de atletas.
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E se não bastasse a punição, duas possibilidades de contratação que estavam praticamente certas de serem concretizadas, acabaram tendo rumos diferentes nos últimos dias, com os jogadores seguindo para outros clubes, que são os casos do lateral-esquerdo Dalbert e o médio-volante Geovane Meurer. Enquanto isso, a torcida bicolor segue na expectativa de uma definição.
Ao ser entrevistado por uma emissora de rádio de Belém, o vice-presidente do Paysandu, Marcio Tuma afirmou: "Já fizemos um pagamento de cerca da metade do que o Paysandu devia. Estamos cerca de 50% ainda pendentes. Estamos buscando recursos. Ainda não posso adiantar uma solução, dar um prazo exato, temos essa janela que vai até o dia 2 de setembro, mas queremos resolver a tempo", disse.
ENTENDA O CASO
Punido desde o último dia 30 de junho, o problema já se arrasta para um mês no Paysandu ainda não conseguiu se desvencilhar do problema que vem causando diversas preocupações e dores de cabeça nos torcedores e principalmente no departamento de futebol do clube, que é o Transfer Ban, referente ao não pagamento na dívida total com o lateral-esquerdo Keffel, que disputou apenas uma partida no Papão.
E esse jogo foi justamente a derrota do Paysandu, no dia 9 de agosto de 2024, contra o Santos, pela 20ª rodada da Série B. O lateral entrou no segundo tempo do confronto, que terminou com derrota por 3 a 0. Após a temporada, ele foi emprestado ao Portimonense, também de Portugal. Na negociação com o Torreense, o Paysandu adquiriu 50% dos direitos econômicos do atleta por 50 mil euros (R$ 304 mil).
O contrato previa um pagamento adicional de 70 mil euros — cerca de R$ 425 mil — caso o clube permanecesse na Série B, o que se confirmou ao fim do campeonato. De acordo com o Torreense, o valor adicional deveria ter sido quitado em até 30 dias após a partida contra o Brusque-SC, dia 11 de novembro. Como o pagamento não foi realizado dentro do prazo, o clube português acionou a Fifa.
RETORNO AO PAYSANDU E SEM PERSPECTIVA DE DEFINIÇÃO
Apesar de ser o pivô de todo esse imbróglio, Keffel ainda é um atleta que pertence ao Paysandu. Afinal, também no último dia 30 de junho, o atleta encerrou seu empréstimo ao Portimonense-POR e mesmo sem fazer parte dos planos do clube, ele tem contrato vigente até o fim de 2025. Vale destacar que ele foi indicado ao Paysandu pela comissão técnica então comandada por Hélio dos Anjos e seu filho/auxiliar Guilherme.
Porém, para negociar o defensor com outro clube, antes de mais nada o Paysandu necessita quitar a dívida aberta referente a transação que resultou um valor total de 155 mil euros — aproximadamente 1 milhão de reais na cotação atual. Ou seja, uma herança considerada maldita deixada segundo é citada nos bastidores do clube.
Hoje completa 1 ano da contratação MAIS BIZARRA da história recente do @Paysandu.
— Paysandu em Fatos (@PaysanduFatos) July 10, 2025
O lateral-esquerdo Keffel foi trazido ao clube, junto ao Torreense-POR, por Guilherme dos Anjos e custou 155 mil euros, em torno de 1 milhão de reais no câmbio atual. O Papão já quitou mais de 70%… https://t.co/xtRI4RZeiY
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