Eventos culturais relacionados às questões ambientais ganham destaque especial durante conferências climáticas globais, como é o caso da COP30, em Belém.
Além da COP, a cidade sedia a décima edição da Mostra de Cinema da Amazônia entre os dias 17 e 21 de novembro, com exibições gratuitas em quatro espaços culturais da capital paraense.
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O festival, que celebra duas décadas de existência, apresenta documentários, ficções e animações focados em urgências climáticas e culturas tradicionais.
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Durante cinco dias consecutivos, o público terá acesso a produções cinematográficas brasileiras e estrangeiras de diferentes durações. As obras abordam temas como crises ambientais, patrimônios milenares e resistência dos povos originários.
Além disso, cada sessão será complementada por debates com especialistas, incluindo lideranças indígenas, representantes do movimento negro, jornalistas, ativistas, advogados e pesquisadores.
Dessa forma, o evento promove diálogos sobre soluções climáticas por meio da arte cinematográfica.
Segundo o coordenador geral Eduardo Souza, a iniciativa busca apresentar alternativas ancestrais para problemas contemporâneos que afetam comunidades tradicionais mundiais.
Conforme suas declarações, os povos originários atuam como guardiões florestais e detêm conhecimentos fundamentais para a proteção ambiental.
Nesse sentido, o festival utiliza o cinema como ferramenta de ação climática, contribuindo para debates globais sobre meio ambiente e valorizando aqueles que dedicam suas vidas à preservação natural.
Destaques da programação especial
Na quarta-feira (19), às 10h, o cineasta amazonense Aurélio Michiles apresentará 'Segredos do Putumayo', obra que retrata denúncias sobre escravização indígena na Amazônia peruana do século XX.
A exibição será seguida por discussão sobre ativismo transnacional e direitos humanos.
Já na quinta-feira (20) será exibido 'Yanuni', documentário produzido por Leonardo DiCaprio e vencedor do prêmio de Melhor Documentário na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Juma Xipaia, liderança indígena amazônica e co-produtora da obra, participará do evento.
Locais e parcerias do festival
As sessões acontecem em quatro espaços culturais distintos: Cine Líbero Luxardo, Instituto de Ciências da Arte da UFPA, Museu da Imagem e do Som do Pará e Cine Sesc Ver-o-Peso. O Instituto Cultural Amazônia Brasil e a produtora Mekaron Filmes lideram a realização.
Entretanto, o projeto conta com ampla rede de parceiros, incluindo Observatório do Clima, Museu Nacional dos Povos Indígenas, Funai, Fundação Cultural do Pará, Sommos Amazônia, Associação Raízes da Tradição e Festival AnimArte.
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