Restos de britânico desaparecido há 65 anos são achados na Antártida

Uma equipe polonesa encontrou os restos mortais de Dennis "Tink" Bell, meteorologista britânico que desapareceu em um acidente na Antártida em 1959. Os ossos e objetos pessoais, incluindo relógio, rádio e cachimbo, foram localizados na Geleira Ecology, na Ilha Rei George. A identificação foi confirmada após análise de DNA comparada com amostras da família.

Bell morreu em 26 de julho de 1959, aos 25 anos, durante uma expedição de levantamento geológico realizada para o Serviço de Dependências das Ilhas Malvinas (FIDS), atual British Antarctic Survey (BAS). Ele caiu em uma fenda enquanto liderava um grupo na Baía do Almirantado.

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Na época, tentativas de resgate realizadas pelo colega Jeff Stokes não tiveram sucesso devido às condições do gelo e do clima. Por mais de 60 anos, o corpo de Bell não foi localizado, deixando a família sem respostas.

O acidente ocorreu quando Bell, sem esquis, tentou estimular os cães que puxavam o trenó a avançar em terreno de neve fofa. O gelo cedeu sob seus pés, resultando na queda. Stokes tentou salvá-lo usando uma corda, mas ela se rompeu, causando uma segunda queda fatal.

O rápido derretimento da Geleira Ecology, atribuído a mudanças climáticas, expôs fragmentos ósseos e mais de 200 artefatos ligados à expedição. A equipe polonesa realizou quatro expedições entre janeiro e fevereiro de 2025 para coletar o material, que inclui relógio com inscrição, equipamento de rádio, faca sueca, bastões de esqui e recipientes de vidro.

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Os restos foram transportados para as Ilhas Malvinas a bordo do navio de pesquisa Sir David Attenborough e depois levados a Londres com apoio da Força Aérea Real. A análise genética foi conduzida na Universidade King’s College London e confirmou a identidade de Bell usando amostras do irmão e da irmã.

Bell nasceu em Harrow, Londres, e antes da expedição trabalhou na Força Aérea Real e no setor de seguros. Um ponto geográfico na Ilha Rei George recebeu o nome Bell Point em sua homenagem. Ele é um dos 29 britânicos mortos no Território Antártico Britânico desde 1944, listados pelo British Antarctic Monument Trust.

Para o irmão de Bell, David, a localização dos restos representa o fechamento de um ciclo iniciado há mais de seis décadas.