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Hino da Babilônia antiga é decifrado após 2.000 anos de silêncio

Hino milenar da Babilônia é decifrado após dois milênios e revela retrato poético da antiga civilização

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Imagem ilustrativa da notícia Hino da Babilônia antiga é decifrado após 2.000 anos de silêncio camera Com trechos reconstruídos a partir de 20 tábuas, o texto elogia a cidade, os deuses e descreve em tom raro a chegada da primavera | (Anmar A. Fadhil, University of Baghdad/Iraqi Museum/State Board of Antiquities and Heritage/Reprodução) Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/almanaque-de-curiosidades/hino-da-babilonia-antiga-e-decifrado-apos-2-000-anos-de-silencio/

Após mais de dois mil anos mergulhado no silêncio das areias da Mesopotâmia, um hino da Babilônia antiga foi finalmente decifrado por especialistas em escrita cuneiforme. Fragmentado em cerca de 20 tábuas de argila, o texto foi reconstruído por pesquisadores da Universidade de Munique e publicado na revista Iraq, da Cambridge University Press.

A obra, com aproximadamente 250 versos, exalta a cidade da Babilônia, seus deuses e o florescimento da natureza com a chegada da primavera — um tom raro na literatura cuneiforme, geralmente voltada a temas religiosos ou jurídicos. Um dos trechos destaca o papel do rio Eufrates na fertilidade da região:

"O Eufrates é seu rio – estabelecido pelo sábio senhor Nudimmud –

Ele sacia os campos, encharca os canaviais [...]

Riqueza e esplendor – o que convém à humanidade –

São concedidos, multiplicados e regiamente ofertados".

A cidade é retratada como símbolo de riqueza, justiça e harmonia. O templo de Esagil, dedicado ao deus Marduque, aparece em versos que unem lirismo e reverência. Além disso, o hino revela aspectos da vida social babilônica, destacando a proteção aos órfãos e estrangeiros, o papel das mulheres, valorizadas pela discrição e devoção religiosa, e a presença de três categorias de sacerdotisas: ugbakkatu, nadâtu e gasdãtu.

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Cópias da composição foram encontradas em tábuas escolares, indicando seu uso didático na formação de escribas e sua importância como clássico literário ao lado de obras como o Enuma Elish, épico da criação babilônica.

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A decifração só foi possível graças à digitalização de milhares de fragmentos e ao uso de inteligência artificial para cruzar informações. O resultado oferece um raro vislumbre dos valores e da sensibilidade de uma civilização que, mesmo milênios depois, ainda consegue se fazer ouvir.

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