Uma pesquisa conduzida pela Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) investigou a relação entre o horário de sono e o ganho de peso corporal. Os resultados sugerem que dormir após as 23 horas, mesmo quando a duração total do sono atinge a média de 8 horas, está associado a índices mais altos de massa corporal (IMC). Esse achado amplia o entendimento sobre os fatores que influenciam o peso corporal, que não se limitam apenas à quantidade de horas dormidas.
O estudo foi realizado ao longo de dois anos e contou com a participação de 755 voluntários de diferentes regiões do Brasil, com idades entre 18 e 65 anos.
A coleta de dados ocorreu por meio de questionários online que abordaram aspectos como hábitos de sono, alimentação, peso e altura. A pesquisa integra o projeto “SONAR-Brasil”, que estuda a relação entre sono, nutrição e saúde, e segue em andamento.
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Os pesquisadores destacam que, na relação entre sono e obesidade, o horário em que o sono ocorre é um aspecto relevante a ser considerado, além da duração. O comportamento de dormir tarde frequentemente se associa a outros fatores, como dietas inadequadas, uso prolongado de telas antes de dormir e consumo de substâncias como tabaco. Esses elementos podem afetar a qualidade do sono e contribuir para o aumento do peso.
A pesquisa também aponta que noites de sono insuficiente ou de baixa qualidade afetam os hormônios relacionados à fome e à saciedade. Em condições de sono ruim, há um aumento na produção de leptina, que estimula o apetite, e uma redução nos níveis de grelina, que regula a saciedade, o que pode levar a um maior consumo alimentar no dia seguinte.
Outro ponto levantado pelo estudo é a relação entre o metabolismo e o horário das refeições. Segundo Giovana Longo-Silva, pesquisadora principal, o corpo metaboliza melhor os alimentos durante as primeiras horas do dia, quando o metabolismo está mais ativo. Refeições realizadas tarde da noite, quando o metabolismo está menos eficiente, podem favorecer o acúmulo de peso.
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Estudos adicionais realizados pelo Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, reforçam a conexão entre os horários das refeições e a regulação hormonal. Alimentar-se durante a noite pode alterar a produção de leptina, aumentar a fome pela manhã e modificar a expressão de genes relacionados ao armazenamento de gordura, o que também pode impactar o peso corporal.
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