Em uma época marcada por agendas lotadas, noites mal dormidas e longas jornadas de trabalho, a busca por mais energia virou quase uma obsessão coletiva. Entre cafés reforçados, cochilos improvisados e promessas milagrosas de disposição instantânea, cresce o interesse por alternativas simples e acessíveis - e é justamente no prato que muitos especialistas enxergam o primeiro passo para retomar o vigor cotidiano. Afinal, a maneira como nos alimentamos influencia diretamente a sensação de disposição e pode ser decisiva para afastar a fadiga que insiste em acompanhar milhões de brasileiros.
OS ALIMENTOS QUE COMBATEM O CANSAÇO
Para boa parte das pessoas, a reação automática ao cansaço, especialmente no início da tarde, ainda é recorrer a um "docinho" para sentir um rápido pico de energia. Mas médicos alertam: esse impulso pode ser uma armadilha. A alta repentina nos níveis de glicose dispara uma queda igualmente abrupta, deixando o corpo ainda mais exausto.
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Profissionais ouvidos pela reportagem do portal Metrópoles destacam que a combinação adequada de fibras, carboidratos complexos e proteínas ajuda a retardar a absorção do açúcar no sangue e mantém a distribuição de energia de forma gradual. É esse equilíbrio que impede as temidas oscilações e sustenta a disposição ao longo do dia.
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PROBLEMA COMBUSTÍVEL FUNDAMENTAL
A nutricionista Ana Cristina Gutiérrez explicou que a ingestão diária de proteínas deve girar em torno de 1,2g por quilo de peso corporal. Para alguém de 70kg, isso significa cerca de 84 gramas de proteína por dia.
Esses aminoácidos atuam diretamente no metabolismo energético, e sua falta pode causar sensação de fraqueza que não cede nem mesmo após descanso adequado.
FIBRAS E CARBOIDRATOS COMPLEXOS
A OMS recomenda a ingestão de 30 gramas de fibras por dia, encontradas principalmente em frutas e vegetais. Já os carboidratos complexos - grãos integrais, leguminosas e frutas - deveriam representar cerca de 50% das calorias diárias, garantindo energia constante.
REFEIÇÕES EQUILIBRADAS FAZEM A DIFERENÇA
A nutricionista Gisele Pavin, da Nestlé, reforça que cada organismo tem particularidades e, por isso, o ideal é buscar orientação profissional para o plano alimentar. Ainda assim, ela recomenda refeições que combinem carboidratos e proteínas, além de vitaminas e minerais.
Um cardápio simples e eficiente pode incluir:
- Café da manhã: aveia, frutas e iogurte natural
- Almoço: salada, arroz integral e frango grelhado
- Jantar: sopa de legumes com proteína vegetal
DIFERENTES DIETAS, UM MESMO OBJETIVO
Modelos alimentares como a Mediterrânea, a Flexitariana, a MIND, a TLC e a Nórdica têm sido amplamente estudados por seus benefícios, desde a melhora do metabolismo até a proteção cardiovascular e neurológica. Todas elas, no entanto, convergem para o mesmo princípio: priorizar alimentos frescos, integrais e nutritivos.
QUANDO A FADIGA EXIGE INVESTIGFAÇÃO MÉDICA
Apesar de a alimentação exercer papel essencial na disposição, a endocrinologista Deborah Beranger alerta que a fadiga persistente pode indicar problemas mais graves. Caso o cansaço não melhore com ajustes na dieta e no sono, é fundamental buscar avaliação.
Entre as possíveis causas estão anemia, diabetes, hipotireoidismo, além de depressão, burnout e até alterações cardíacas. Identificar a origem é essencial para garantir o tratamento adequado.
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