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DIAGNÓSTICO PRECOCE

Quais são os sinais de alerta do TDAH? Confira os principais

Entre vídeos e informações imprecisas, especialistas em pediatria alertam para riscos de diagnósticos incorretos e reforçam a necessidade de acompanhamento multidisciplinar.

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Imagem ilustrativa da notícia Quais são os sinais de alerta do TDAH? Confira os principais camera O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta crianças e adultos, trazendo impactos na escola, no trabalho e nas relações pessoais. | Ana Volpe/Agência Senado

É impossível não notar: em postagens, stories e vídeos curtos, cada gesto disperso ou esquecimento repentino vira assunto. Entre compartilhamentos e comentários, surge uma confusão silenciosa, na qual sintomas viram rótulos e diagnósticos se transformam em palpite. O TDAH, transtorno que merece atenção e cuidado profissional, passa a ser encarado por muitos como uma "moda" das redes sociais.

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) tem ganhado destaque nas discussões online, mas nem sempre de forma precisa. Pessoas que se identificam com sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade frequentemente recorrem ao autodiagnóstico, guiadas por conteúdos que nem sempre seguem critérios médicos. A prática preocupa especialistas, que reforçam a complexidade da condição e a necessidade de avaliação profissional.

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Durante o 17º Congresso Brasileiro de Adolescência, promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em Porto Alegre (RS) entre 17 e 20 de setembro, a entidade apresentou um documento com indicativos de alerta para o TDAH. O objetivo é orientar pais, educadores e profissionais de saúde a identificar sinais precoces e encaminhar corretamente os pacientes para acompanhamento especializado.

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O neurologista Matheus Trilico, especialista em TDAH, destaca que o transtorno não deve ser tratado como uma questão passageira ou de modismo. "A condição é uma questão que precisa de tratamento especializado e multidisciplinar, combinando medicamentos, terapias, atividade física e estratégias de organização", afirma Trilico, que atua em Curitiba (PR).

CONDIÇÃO NEUROBIOLÓGICA

O TDAH é uma condição neurobiológica marcada por desatenção, impulsividade e hiperatividade, podendo afetar crianças, adolescentes e adultos. Os impactos são sentidos na vida escolar, profissional e nos relacionamentos interpessoais. Quando não tratado adequadamente, o transtorno pode gerar consequências emocionais e sociais duradouras, incluindo baixa autoestima, ansiedade e depressão.

Segundo a SBP, o diagnóstico segue orientações da Associação Americana de Psiquiatria (AAP) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Não existe exame específico para identificar a condição; a avaliação é feita a partir do histórico clínico e da observação dos sintomas. Para confirmar o diagnóstico, é necessário que o indivíduo apresente pelo menos seis sintomas de desatenção ou de hiperatividade/impulsividade durante seis meses ou mais.

PRINCIPAIS SINAIS DE ALERTA

Sinais de desatenção:

  • Cometer erros por descuido
  • Dificuldade em manter o foco em tarefas e atividades
  • Parecer não ouvir quando se fala diretamente
  • Não concluir trabalhos escolares ou profissionais
  • Dificuldade de organização
  • Esquecimento frequente
  • Distração fácil

Sinais de hiperatividade:

  • Inquietação
  • Dificuldade de permanecer sentado
  • Falar excessivamente
  • Impulsividade
  • Interrupção de atividades alheias

TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR

O tratamento do TDAH exige abordagem multidisciplinar, envolvendo psicólogos, psiquiatras e educadores físicos. Atividades físicas adaptadas ajudam a melhorar a concentração, enquanto a psicoterapia e a medicação contribuem para o manejo dos sintomas. Entre os medicamentos, a ritalina é a mais utilizada, mas pode provocar efeitos colaterais como diminuição do apetite, alterações no sono, náuseas e dores estomacais.

“Muitos abandonam o tratamento por efeitos colaterais, custos, estigma ou a falsa sensação de cura após uma melhora inicial. No entanto, isso pode levar a problemas ainda maiores, como depressão e abuso de substâncias”, alerta Trilico, reforçando a importância de persistir no acompanhamento e seguir as orientações médicas.

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