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Magreza extrema ou acima do peso? Estudo explica o que é pior

Estudo dinamarquês revela que magreza extrema pode ser mais perigosa que sobrepeso. Descubra os novos limites do IMC e suas implicações para a saúde.

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Imagem ilustrativa da notícia Magreza extrema ou acima do peso? Estudo explica o que é pior camera A pesquisa sugere que estar muito abaixo do peso pode ser ainda mais perigoso do que estar com sobrepeso | Reprodução

Durante décadas, o Índice de Massa Corporal (IMC) foi o principal termômetro utilizado por médicos, nutricionistas e autoridades de saúde para classificar o peso ideal de uma pessoa. A lógica sempre foi simples: quanto mais alto o número, maior o risco para a saúde. Mas novas evidências científicas estão desafiando essa ideia.

Um estudo dinamarquês apresentado no último domingo (14/9), durante a reunião anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes, em Viena, levanta dúvidas sobre os limites considerados saudáveis pelo IMC. A pesquisa sugere que estar muito abaixo do peso pode ser ainda mais perigoso do que estar com sobrepeso ou até mesmo com obesidade leve.

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O levantamento acompanhou 85 mil pessoas na Dinamarca ao longo de cinco anos e comparou as taxas de mortalidade entre diferentes faixas de IMC. Os dados mostraram que indivíduos com IMC abaixo de 18 tinham quase três vezes mais risco de morrer do que aqueles com IMC entre 22 e 25 — o topo da faixa considerada saudável. Surpreendentemente, pessoas com obesidade grave (IMC acima de 40) também apresentaram risco semelhante ao dos muito magros.

Mas o alerta vai além dos extremos. Até mesmo dentro da faixa "normal" de peso (IMC entre 18 e 25), foram observadas variações significativas no risco de morte. Pessoas com IMC entre 18 e 20, por exemplo, apresentaram o dobro de risco de morrer em comparação com aquelas entre 22 e 25. Já os que estavam entre 20 e 22,5 tiveram uma probabilidade 27% maior de morte do que a população de referência.

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IMC: um índice ultrapassado?

Segundo os cientistas, os resultados indicam que talvez os valores considerados saudáveis estejam subestimados. A líder do estudo, Sigrid Bjerge Gribsholt, explica que o entendimento tradicional — de que o risco de morte aumenta linearmente com o ganho de peso — pode estar ultrapassado.

“Já se pensou que o menor risco estava entre IMC de 20 a 25. Agora, os dados sugerem que esse valor pode estar subindo com o tempo”, afirmou a pesquisadora.

Ela aponta duas possíveis explicações para os resultados: a primeira seria um viés de seleção, já que os dados foram obtidos de pacientes que fizeram exames hospitalares — onde é mais comum encontrar pessoas com doenças graves e baixo peso. Nesse cenário, o risco de morte estaria mais ligado à condição clínica do paciente do que ao IMC em si.

Mas, mesmo considerando esse viés, a pesquisadora destaca que os bons resultados de pessoas com IMC mais alto chamam atenção. Segundo Gribsholt, hoje há uma parcela maior da população que está acima do peso, mas ainda assim se mantém fisicamente ativa e com boa saúde metabólica.

“Outros fatores, como a distribuição da gordura corporal, também contam muito. A gordura abdominal, por exemplo, é muito mais perigosa. Já indivíduos com gordura melhor distribuída e que são ativos podem ter um IMC alto sem apresentar os riscos comumente associados à obesidade”, conclui.

O estudo, embora ainda não publicado em revista científica, reacende o debate sobre a eficácia e atualidade do IMC como único parâmetro de avaliação de saúde — e aponta para a necessidade de considerar o corpo humano de forma mais complexa, levando em conta estilo de vida, composição corporal e distribuição de gordura, além do número na balança.

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