
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou neste sábado (20) que vai solicitar a inclusão das falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em um inquérito que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante uma live transmitida hoje, o parlamentar fez menções diretas a agentes da PF e críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Andrei classificou as declarações como uma "covarde tentativa de intimidação" contra servidores da corporação. Ao UOL, ele declarou: “Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal. Vamos instruir o inquérito em andamento com mais esse ataque às instituições, agora diretamente à PF, fato que se soma aos demais sob investigação.”
Eduardo Bolsonaro é investigado no STF por coação no curso do processo, tentativa de obstrução de investigação e atentado contra a soberania nacional. Durante a transmissão ao vivo, ele afirmou que estaria em contato com integrantes do governo dos Estados Unidos para propor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.
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Ao se referir a um integrante da PF que estaria acompanhando a live, o deputado declarou: "Se eu ficar sabendo quem você é, vou me mexer". Ele também disse: “Vai lá, coleguinha da Polícia Federal. Cachorrinho da Polícia Federal que está me assistindo. Deixa eu saber não, irmão. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui".
Na mesma transmissão, Eduardo voltou a criticar Alexandre de Moraes, a quem chamou de “medíocre”, “psicopata” e “gangster”. Em um dos trechos, afirmou: “O Alexandre Moraes é um psicopata, ele não é uma pessoa igual a você. Só que o meu recado é para o Moraes. Eu queria ter a certeza de que ele soubesse que a gente não vai recuar. Quando eu falo a gente, é porque eu não trabalho sozinho".
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O deputado, que já atuou como escrivão da Polícia Federal, mencionou um Processo Administrativo Disciplinar aberto contra ele dentro da instituição e criticou o delegado Fábio Schor, responsável por investigações ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Pergunta ao tal delegado [da PF] Fábio Schor se ele conhece a gente. Está movendo um PAD contra mim, né? Ele está achando que eu estou preocupado com o meu futuro na Polícia Federal. Rapaz, vocês não sabem a honra que é ser perseguido por vocês", afirmou.
Eduardo está nos Estados Unidos desde março, onde permaneceu durante uma licença parlamentar de 120 dias. O afastamento terminou neste sábado (20), e o deputado volta a receber o salário de R$ 46,3 mil da Câmara dos Deputados a partir de amanhã. Ele afirmou na live que não pretende renunciar ao cargo.
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