
Mais um episódio alarmante de violência contra a mulher foi registrado na tarde do último domingo (10), no bairro do Jurunas, em Belém. Ilza Raiane Araújo Puga, de 28 anos, foi vítima de uma tentativa de feminicídio após ser esfaqueada diversas vezes pelo próprio companheiro.
O crime ocorreu por volta das 13h, na Rua Honório José dos Santos, nas proximidades da travessa São Miguel. De acordo com as primeiras informações, Ilza foi atacada com múltiplos golpes de faca por Douglas Estefane Chaves Costa, identificado como companheiro dela.
Após a agressão, a vítima foi socorrida e encaminhada a um hospital na Avenida Gentil Bittencourt. Até o momento, o estado de saúde de Ilza não foi divulgado, e a gravidade dos ferimentos também não foi detalhada pelas autoridades responsáveis.
Pouco tempo depois do ataque, Douglas se apresentou à Divisão de Homicídios de Belém. Em seguida, foi conduzido à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), onde foi autuado em flagrante. A polícia agora investiga as circunstâncias do crime, incluindo se já havia registros de violência anterior entre o casal.
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Violência contra a mulher ainda é realidade cotidiana no Brasil
Casos como o de Ilza Raiane não são isolados. Segundo o Mapa da Segurança Pública de 2025, divulgado pelo Governo Federal, o Brasil registra, em média, quatro feminicídios por dia. A taxa equivale a 1,34 assassinatos de mulheres para cada 100 mil habitantes do sexo feminino, revelando a extensão do problema em todo o território nacional.
No estado do Pará, os dados também preocupam. Apesar de uma redução de 12,28% nos registros de feminicídio entre 2023 e 2024, o número de ocorrências ainda é alto. Mesmo com campanhas de conscientização e com o fortalecimento da rede de apoio às vítimas, o combate à violência de gênero segue enfrentando obstáculos.
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Entre os principais entraves estão o medo das vítimas em denunciar os agressores, a dependência financeira e emocional, além da falta de estrutura adequada em muitas regiões do estado. Essas barreiras dificultam a prevenção de novos casos e a proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade.
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