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VIDA E DIGNIDADE NA AMAZÔNIA

Projeto Renova Amazônia discute apoio a vítimas de escalpelamento

Iniciativa da plataforma Ampla reúne profissionais de saúde e empresas para discutir ações de prevenção, tratamento e capacitação de vítimas de escalpelamento no Pará, com palestra do cirurgião plástico Dr. Eduardo Fakiani

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Imagem ilustrativa da notícia Projeto Renova Amazônia discute apoio a vítimas de escalpelamento camera Idealizador do projeto, Giussepp Mendes esteve no Grupo RBA | Wagner Almeida/Diário do Pará

O projeto Renova Amazônia, iniciativa da plataforma Ampla, realizará um encontro voltado para profissionais de saúde e empresas interessadas em atuar em ações de impacto social na região amazônica. O evento ocorrerá no dia 23 de setembro de 2025, às 19h, no Espaço Leal Moreira, em Belém, e contará com a participação do cirurgião plástico Dr. Eduardo Fakiani em palestra e bate-papo exclusivo.

De acordo com o advogado Giussepp Mendes, idealizador do projeto, a iniciativa foi criada para atender mulheres e crianças que sofrem com escalpelamento em áreas ribeirinhas do Pará, como a Ilha do Marajó e regiões das ilhas de Belém, especialmente a Ilha do Combu. Na tarde desta quinta-feira (18), ele esteve no prédio do Grupo RBA para entregar o convite ao presidente do grupo de comunicação, Camilo Centeno.

Em 2024, o Pará registrou 63 casos de escalpelamento, conforme dados da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental e da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Esse tipo de acidente ocorre quando cabelos, roupas ou acessórios se enroscam no eixo rotativo de motores de embarcações, resultando no arrancamento brusco do couro cabeludo e, em casos graves, de outras partes do corpo. Muitos casos, porém, são subnotificados. Até o momento, em 2025, foram registrados dois casos, segundo a Capitania dos Portos.

Tratamento, capacitação e prevenção

O Renova Amazônia atua em três frentes: tratamento, capacitação e prevenção. Segundo Mendes, o projeto envolve empresas que doam tempo e equipes para prestar serviços especializados, sem transferência direta de recursos financeiros para as vítimas. A UNAMA (Universidade da Amazônia), por exemplo, contribuirá com serviços de psicologia, assistência social e saúde bucal nas clínicas da própria universidade, enquanto o Espaço Leal Moreira participará da reconstrução de espaços de acolhimento.

O projeto também inclui ações de reabilitação capilar. O cabeleireiro Cássio Martins, proprietário da rede de salões "Cassius Martins", coordenará a captação de cabelo para confecção de próteses, enquanto o dermatologista Paulo Viana organizará uma equipe de dermatologistas para atender pacientes no pós-operatório. Cirurgiões plásticos parceiros do projeto doarão técnicas e tempo em procedimentos restaurativos.

Segundo Giussepp, a participação das empresas é essencial para a implementação do projeto, permitindo a oferta de serviços e apoio logístico e reforçando a dimensão social da iniciativa. Além do tratamento, o projeto oferece capacitação profissional em parceria com o Sebrae e outros órgãos, auxiliando na inserção das vítimas no mercado de trabalho.

"Eu coloco essas empresas, na verdade, como precursoras de um grande desenvolvimento social. Quando decidimos fazer o projeto, não pensamos de outra forma que não fosse essa: sem envolver recursos financeiros, para que não houvesse nenhuma cobrança, nem sobre a Ampla, nem sobre os prestadores de serviço. Ao escolher essas empresas, também consideramos aquelas que fossem socialmente responsáveis. Todas elas se dispuseram a colaborar de uma forma ou de outra", destacou Mendes.

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A Primeira-Dama do Estado, Dra. Daniela Barbalho, atua como embaixadora do projeto, acompanhando a escolha de locais de acolhimento e a implementação das ações. O encontro do dia 23 também será uma oportunidade para apresentar o projeto a novas empresas e profissionais interessados em colaborar.

Eixos de proteção nos motores dos barcos

Para combater o escalpelamento, diversas ações preventivas estão em andamento. Desde 2009, é obrigatória a instalação de proteção nos eixos dos motores de embarcações, com mais de 6.000 unidades já instaladas gratuitamente pela Marinha do Brasil. Além disso, são realizadas campanhas de conscientização, distribuição de toucas protetoras e cursos de formação para aquaviários. A Comissão Estadual de Enfrentamento aos Acidentes com Escalpelamento (CEEAE) coordena essas iniciativas em parceria com órgãos estaduais, municipais e organizações da sociedade civil.

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