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ALIMENTAÇÃO

Comer fora de casa em Belém está mais caro

Segundo pesquisa, o preço médio da refeição nas ruas da capital é de R$ 41,41, valor 12% maior que em 2023. Mas quem não pode voltar para casa durante o trabalho, não dispensa os pratos tradicionais

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Imagem ilustrativa da notícia Comer fora de casa em Belém está mais caro camera Nazareno Cardoso diz que os maiores clientes são os trabalhadores do comércio e pescadores | Irene Almeida

De acordo com a pesquisa anual da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o custo médio de uma refeição completa fora de casa no Brasil, incluindo bebida, café e sobremesa, superou os R$ 50, um aumento de 10,8% em relação a 2023. Em todas as regiões do país, o valor se manteve entre R$ 45 e R$ 50, com exceção da região Sudeste, que registrou o maior valor, atingindo R$ 54,54.

Em Belém, o preço médio da refeição completa fora do domicílio ficou em R$41,41, valor 12% maior que em 2023, quando custava R$ 36,94, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). O famoso prato feito, o “PF”, aumentou 17,9%, custando atualmente cerca de R$33,89.

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A pesquisa foi realizada entre março e maio de 2024, abrangendo 4.502 estabelecimentos comerciais, com um total de 5.640 preços coletados em 51 cidades das cinco regiões do Brasil. “A investigação é conduzida há mais de duas décadas, desde 2003, e se destaca como a principal fonte de referência sobre os custos das refeições durante o almoço, sendo a pesquisa mais tradicional nesse abrangente contexto em todo o Brasil. Serve como um indicador dos preços cobrados por restaurantes, bares, lanchonetes e padarias para alimentação fora de casa”, declara Lúcio Capelletto, presidente da ABBT.

Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café. Quando comparado ao ano anterior, o reajuste no valor da refeição básica foi de 4,7%, um número próximo ao IPCA do IBGE, que registrou uma alta de 4,3% nos últimos 12 meses até junho. O preço do “prato feito” apresenta variações de acordo com a região, sendo mais elevado no Sudeste e no Sul, enquanto no Norte é mais acessível.

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VER-O-PESO

A reportagem do DIÁRIO visitou a área destinada às boieiras do mercado do Ver-o-Peso e constatou que os pratos à base de peixe e acompanhados de açaí são os mais populares. Os preços variam de um box para outro, mas os gastos podem variar de R$ 18 a R$ 30.

Nazareno Cardoso é proprietário há cerca de 50 anos de um box de comida no Mercado de Carne, no Ver-o-Peso, e diz que a preferência do público é pelo peixe com açaí. No cardápio, ele oferece pratos para uma pessoa, que é o famoso prato feito, mas também oferece pratos para 2 ou mais pessoas. “Nós temos uma variedade, mas a preferência do público é pelos peixes. Temos pescada branca, amarela, gó e entre outros. Aqui atendemos muitos turistas, mas a maior parte dos nossos clientes são os trabalhadores do comércio e os pescadores que atracam no Ver-o-Peso”, explica Nazareno.

O pescador Cibar Queiroz, 59, diz que não abre mão de um prato feito. “Aqui nesse restaurante o PF é bem servido. Para aguentar o trampo, só fazendo uma boa refeição. Eu opto pelo peixe, gosto muito, acompanhado de feijão, arroz, salada e farinha”, conta.

Belém, Pará, Brasil. Cidade. o preço médio da refeição completa fora do domicílio ficou em R$41,41, valor 12% maior que em 2023, quando custava R$36,94, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). 08/08/2024. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
📷 Belém, Pará, Brasil. Cidade. o preço médio da refeição completa fora do domicílio ficou em R$41,41, valor 12% maior que em 2023, quando custava R$36,94, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). 08/08/2024. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará. |Irene Almeida

O comerciante Dilson Miranda, 57, também não abre mão de um bom prato. “Para nós que trabalhamos no comércio e não temos tempo de ficar indo em casa para almoçar precisamos desembolsar do nosso dinheiro para fazer nossas refeições. Eu sempre prezo por uma refeição bem servida e de um preço justo para não pesar muito no orçamento”, disse.

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