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Mais cara: custo da cesta básica tem novo aumento

Segundo o Dieese, em abril, os produtos tiveram alta de 2,09%, com o café puxando a inflação. Para tentar “driblar” esses reajustes, consumidores recorrem à pesquisa e troca de marcas nos supermercados

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Imagem ilustrativa da notícia Mais cara: custo da cesta básica tem novo aumento camera Na hora da compra, consumidores procuram pesquisar por produtos mais baratos | (Octávio Cardoso)

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA) o custo total da cesta básica apresentou um aumento no preço pelo quarto mês consecutivo este ano. Em abril, a alta foi de 2,09%. Desta forma, o paraense despende, em média, R$ 681,45 com alimentação, o que representa quase a metade do salário mínimo, que atualmente, está em R$ 1.412.

O custo maior é justificado ao analisar os 12 itens que compõem a cesta básica, com destaque para o café, que apresentou uma alta de 9,76% no mês passado. Outros itens também sofreram reajustes significativos, como o tomate, que ficou 5,79% mais caro; a banana, com um aumento de 5,78%; o leite, cujo custo cresceu 5,38%; e a manteiga, com um acréscimo de 3,50%; entre outros itens.

No supermercado, especificamente no corredor do feijão, a locadora de imóveis Marinete Lobato, 44 anos, conta que adota uma estratégia que ela julga crucial na hora de economizar: a pesquisa. Por isso que, toda vez que precisa fazer as compras, o papel e a caneta sempre estão presentes. “Com isso, percebo a diferença de preço de um mês para o outro, como o café que já chegou a uma diferença de 10%”.

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Para Marinete, a rotina de pesquisa visa comprar produtos mais em conta, mas sem perder a qualidade em casa. “Então é possível sim, achar marcas que apresentem valores mais interessantes e com qualidade, posso dizer que, equivalente ao mais caro. Outro detalhe é que eu também faço uma pesquisa entre os estabelecimentos, o que garante uma compra mais eficaz”, acrescenta.

A pesquisa, por outro lado, também registrou queda nos preços do feijão (-6,38%), arroz (-1,85%) e do óleo de soja (-1,64%). No entanto, o percentual de redução foi inferior ao das altas. Como resultado, o custo médio da cesta básica para uma família composta por dois adultos e duas crianças alcançou R$ 2.044,35 em abril.

“Os produtos estão mais caros, principalmente o café, a manteiga e a carne, que são os itens que sempre apresentam um preço diferente de um mês para o outro. No meu caso, tento buscar dias da semana que são específicos para determinados produtos para ver se consigo um preço melhor”, afirma a assistente social Waldenir Silva, 45.

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Waldenir ressalta que as campanhas promovidas pelos supermercados, como “terça da peixe”, “quarta da verdura”, “quinta da carne”, entre outras, são uma alternativa interessante para equilibrar as contas no final do mês. “Cada um usa a estratégia que acha melhor. No meu caso, prefiro fazer a compra semanalmente, de acordo com as ofertas que vão aparecendo nos estabelecimentos”, afirma.

CLIMA

A justificativa para a recente alta está relacionada principalmente a fatores climáticos. “Saímos da entressafra, ou seja, começamos um novo plantio e mesmo com condições favoráveis para a produção - pois o combustível subiu pouco, a energia não pesou tanto, os insumos estão com preços equilibrados - as variações climáticas continuam elevadas” pontuou Everson Costa, técnico do Dieese/PA.

“O fim do ano passado foi marcado por geada e calor, secas de rios. Tudo isso fez com que a interferência na produção de alimentos fosse gigantesca. Vale ressaltar que eu não estou falando da paralisação dessa produção… mas é visível que esse processo foi afetado, a qualidade dos hortifruti, por exemplo, não foi a mesma. Então esse foi o principal fator para o aumento dos preços”, acrescenta Everson.

Para os próximos dias, a tendência é que os alimentos básicos no Pará sofram novos aumentos. “A gente ainda tem previsão de seca, de geada, de fortes chuvas. Mas apesar do otimismo do setor em relação a 2024, é preciso ter cautela, principalmente pelo fato de que muitos produtos que consumimos vêm de fora, de outros estados, e por causa do transporte fica caro”. revela o técnico do Dieese.

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