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EXCLUSIVO: CASO GIUGNI

Ouça os depoimentos sobre os irmãos que mataram a mãe

Leonardo Giugni e outras quatro pessoas foram ouvidas no último dia 24 de junho pelo Ministério Público do Pará. Testemunhas deram detalhes sobre a noite do crime e também sobre a manhã seguinte.

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Imagem ilustrativa da notícia Ouça os depoimentos sobre os irmãos que mataram a mãe camera Juliana Giugni, apontada como autora do feminicídio; a mãe, Arlene Giugni, vítima; e Leonardo Giugni, irmão e coautor do crime. | Reprodução

No último dia 30 de junho, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) anunciou uma reviravolta no caso do advogado acusado de matar a mãe a facadas, no dia 18 de janeiro deste ano, na residência da família, em Batista Campos, área nobre de Belém. De acordo com as investigações, a real autora do homicídio seria a advogada Juiana Giugni,irmã do também advogado Leonardo Felipe Giugni, que agora passou à condição de coautor do crime.

Nesta sexta-feira (15), a RBATV conseguiu ter acesso com exclusividade aos depoimentos de cinco testemunhas que foram ouvidas pelo MP no dia 24 de junho, e deram detalhes sobre os fatos ocorridos na noite em que o crime ocorreu, além de comentarem a respeito do desdobramento do crime na manhã do dia seguinte.

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Entre os depoimentos, está o da mãe biológica de Leonardo Felipe. Em conversa com o promotor Franklin Lobato, ela explicou como conheceu a família, como o filho foi adotado e de que forma ficou sabendo da morte de Arlene.

"Eu conheci essa família em 97. Fui pra lá quando já fazia um mês de grávida. Aí comecei trabalhar, a barriga foi crescendo e aí, né, a dona Arlene foi pegando amor nele. Depois que saí, voltei pra lá de novo. Quando eu voltei, em 98, ele já estava grandinho. Aí depois eu saí de lá e ele não quis ir mais. Aí ficou com ela. Depois ela passou ele para o nome dela. Em 2015, eu saí de lá. Aí fui trabalhar com a irmã dela e estou lá até agora. Aí depois disso não tive mais contato com ele. Só no passado que eu tive contato com ele", relatou a doméstica, que diz ter desmaiado quando soube da morte da mãe adotiva de seu filho.

"Aí, minha patroa me chamou: 'sobe, sobe, aconteceu uma tragédia na nossa família'. Aí eu perguntei o que foi. Ela disse: 'o Eduardo matou a Arlene'. Nessa hora eu desmaiei. Aí, ela me ligou. Me pediu pra fazer a limpeza no apartamento. Aí eu fui. Chegando lá, fizemos a limpeza, tiraram o colchão, levaram lá pra trás, no quarto de empregada. Os lençóis, tudo levaram pra lá", revelou.

Outra testemunha ouvida na ocasião, foi a uma das empregadas que havia trabalhado anteriormente na residência de Juliana Giugni. Ela conta que foi chamada no dia seguinte ao assassinato para fazer a limpeza do apartamento da vítima. Ao promotor, ela confirmou que tirou as roupas de cama do quarto, e revelou ainda que o cenário no apartamento era de terror.

"Eu nunca vi uma coisa assim. Só fui fazer isso mesmo porque eu trabalhei dez anos com a Dona Luiza, dez anos. Mas foi uma tristeza muito grande. A porta estava cheia de sangue. Não muito sangue, mas estava. Na parede, alguns pingos. O chão ficou manchado de sangue", comentou.

A namorada de Leonardo Giugni também prestou depoimento sobre o que viu no dia do crime. "Quando eu cheguei lá já tinha ambulância, já tava os bombeiros, a polícia chegou um pouquinho depois, né. Ai eu cheguei, fui lá na amabulância, bati na porta e perguntei 'o que foi que aconteceu?', ai ele falou 'olha, esfaquearam uma mulher ai', falou só assim. Ai eu entrei no prédio em desespero, e a Juliana já estava lá, toda suja de sangue, do pescoço até o pé", afirma.

A RBATV também teve acesso exclusivo ao depoimento do de Leonardo Giugni, no qual ele deu detalhes sobre o que teria acontecido na noite em que a mãe foi morta a golpes de faca. Em um trecho relato, Leonardo destaca que ouviu a porta do quarto bater e, em seguidam a mãe gritando para que Juliana saísse. Minutos depois, após alguns momentos de silêncio e alguém saiu do quarto.

Ouça os depoimentos sobre os irmãos que mataram a mãe
📷 |reprodução
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