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INDIGNAÇÃO

Bebê morta em UPA de Ananindeua é velada sob forte comoção

O velório da criança foi marcado por comoção e revolta. A bebê de menos de dois anos foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas teria morrido por suposta negligência médica em Ananindeua.

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Imagem ilustrativa da notícia Bebê morta em UPA de Ananindeua é velada sob forte comoção camera O velorio é marcado por tristeza e emoção de familiares da menina | Reprodução

A morte da pequena Lunna Mirella Souza Barros da Silva, de apenas 1 anos e oito meses, gerou revolta entre os familiares e nas redes sociais. A criança teria engolido uma moeda e foi levada, pelos pais, na manhã desta quarta-feira (30), para a Unidade de Pronto Atendimento da Cidade Nova, em Ananindeua. Porém, a demora no atendimento teria agravado o caso, o que acabou levando a menina à morte.

"Tudo mudou. Pela negligência do hospital, perdi a minha filha. Eu só tinha ela. Ela ia fazer dois anos e a gente tinha planejado os dois aninhos dela. A recepcionista falava 'espera, espera, espera'. Olha que eu sou um cara muito paciente. Só perdi a paciência quando a minha filha começou a ficar mole. Fica a indignação de um pai que perdeu a sua filha", disse o pai da menina, Wagner Souza da Silva.

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Ainda segundo Wagner, eles perceberam que havia algo errado após constatar que a menina estava resmungando durante a madrugada e, pela manhã, estava pálida. "Ela deu a primeira vomitada. Como ela chegou ao hospital espertinha, eu imaginei que seria garganta inflamada, mas era a moeda e eu não sabia. Deu cinco horas de tempo e foi quando ela começou a colocar tudo pra fora", relatou Wagner.

O corpo da criança está sendo velado durante a tarde desta quarta-feira (30), na casa da família da menina, no bairro do Una, em Ananindeua. O velório tem sido marcado por comoção e surpresa pelo ocorrido com a menina.

"Eu botei Deus na frente e pedi pra ele me dar força, porque eu tava muito nervoso. Eu imaginei besteira, mas Deus me deu forças. Eu ajudei a arrumar o caixãozinho dela, arrumei ela. Eu tentei todo tempo todo ficar tranquilo e aceitar isso, porque quando Deus quer, às vezes a gente não entende as coisas, mas é o jeito aceita e seguir a vida", declarou o pai da criança.

"Que a justiça veja isso. A gente não vai deixar impune. A gente tem laudo, tem provas", finalizou Wagner.

A vó da menina, Odilene Barros, relatou que a unidade de saúde não realizou qualquer exame na UPA. "Em nenhum momento a minha neta viveu maus-tratos. Se tivessem atendido logo lá na UPA, ela não teria morrido. Não fizeram nenhum exame".

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Odilene ainda contou que a equipe médica levantou a suspeita de que a menina teria sido vítima de abuso, já que a mesma estava sangrando pelo ânus. Porém, o laudo médico mostra que a causa da morte foi asfixia mecânica. A criança se sufocou, o que causou a obstrução da traqueia. A causa só foi descoberta após a menina ser transferida para outra unidade de saúde.

"O que aconteceu com a minha neta pode acontecer com qualquer criança. Eu vou em frente com isso. É uma vida que nós perdemos. Um anjo que uma hora dessa está morando com Deus. Quem me conhece sabe o quanto eu amo os meus netos", finalizou.

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