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RISCO DE VIDA

Obras paradas do BRT elevam perigos na Augusto Montenegro

Na avenida Augusto Montenegro, em Belém, o perigo e os riscos de acidentes têm sido constantes. Sem calçadas, ciclovias e sinalização adequada, quem transita por ali precisa manter a atenção redobrada. Com as obras do BRT completamente paradas há meses, a

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Imagem ilustrativa da notícia Obras paradas do BRT elevam perigos na Augusto Montenegro camera A buraqueira em alguns trechos da via deixa a situação ainda mais complicada, sobretudo no km 10. | Ricardo Amanajás/Diário do Pará

Na avenida Augusto Montenegro, em Belém, o perigo e os riscos de acidentes têm sido constantes. Sem calçadas, ciclovias e sinalização adequada, quem transita por ali precisa manter a atenção redobrada. Com as obras do BRT completamente paradas há meses, a situação só piora. Pedestres e ciclistas continuam tendo de disputar espaço na via que é bastante movimentada. Em vários trechos, além de não haver a estrutura adequada para a circulação de pessoas e bicicletas, os buracos tornaram-se também obstáculos.

O perímetro de maior risco fica no km 10 da rodovia, em frente a um clube social, sentindo Belém – Icoaraci. A sinalização indica que a velocidade para veículos nesse trecho é de 60km/h, o que provoca maior receio nas pessoas. “A Augusto Montenegro já tem a fama de ser perigosa por si só, mas quem padece é o povo que não tem uma área boa para circular sem medo de ser batido por um carro, como já aconteceu várias vezes por aqui”, disse o representante de vendas Felipe Garcia, 41.

Nesse mesmo ponto, no sentindo inverso da via, o problema se repete. Quem mora ali próximo e precisa acessar uma das estações do BRT descreve o medo ao ter de andar no limite entre a pista e uma pequena área tomada pelo mato. A estudante Paula Cruz, 27, diz não haver outro jeito, a não ser tentar se proteger ao máximo. “É uma situação muito complicada, principalmente para nós que somos pedestres. O trânsito é horrível e ninguém respeita nada. Os motoristas passam em alta velocidade bem do nosso lado. Eu sinto muito medo”, relata a jovem.

FLAGRAS

Durante a permanência da equipe de reportagem do DIÁRIO na área, outros flagrantes de imprudência também foram feitos. Entre eles, a preferência de pessoas em circular na via expressa do BRT a ter de andar pelos canteiros laterais da pista. Além de todas as dificuldades de trafegabilidade, a vegetação alta em alguns trechos ocupa parte da lateral da pista, obrigando as pessoas a desviarem ainda mais para a parte de dentro.

Em nota conjunta, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que “em hipótese alguns ciclistas devem transitar pela canaleta do BRT” e que já promoveu diversas ações educativas junto a pedestres e ciclistas ao longo da avenida Augusto Montenegro, inclusive antes da retomada gradual do serviço do BRT, ocorrida no dia 17 de agosto.

O texto diz ainda que “para atender a necessidade de circulação dos ciclistas que trafegam diariamente ao longo da avenida Augusto Montenegro, sobretudo no trecho compreendido entre o elevado José Augusto Affonso e o terminal Maracacuera, foi realizado um trabalho conjunto com as Secretarias de Urbanismo e Saneamento para a implantação de uma ciclovia provisória, com funcionalidade compartilhada entre pedestres e ciclistas”.

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Já a Secretária Municipal de Urbanismo ressaltou que, no trecho entre o Entroncamento e o elevado José Affonso, “foram entregues calçadas e ciclofaixa juntamente com a obra da primeira etapa do BRT Augusto Montenegro”, diz.

A nota encerra dizendo que uma nova etapa de urbanização com construção de ciclovia e calçadas está prevista no trecho entre o elevado José Affonso e o Terminal Maracacuera.

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