Venezuela aposta em aumentar voos com a Rússia. Entenda!

Em meio a uma nova crise no setor aéreo, o governo da Venezuela anunciou a ampliação das conexões aéreas entre Caracas e Moscou. A decisão ocorre dias após a revogação da concessão de seis companhias estrangeiras que interromperam suas operações no país, movimento que agravou o isolamento aéreo venezuelano.

A medida foi detalhada durante a 19ª edição da Comissão Intergovernamental de Alto Nível Rússia-Venezuela, realizada virtualmente. Na reunião, a vice-presidente Delcy Rodríguez afirmou que os dois países trabalham para aumentar o número de voos, com o objetivo de fortalecer o fluxo turístico e estreitar a cooperação bilateral. Segundo ela, o governo dos Estados Unidos tem pressionado empresas e outros países a restringir voos para a Venezuela, numa tentativa de isolar o país.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

• Trump propõe fechamento do espaço aéreo da Venezuela
• Rússia ameaça bloquear WhatsApp por descumprir leis locais

O aumento das tensões ocorre após um alerta emitido pela Administração Federal de Aviação (FAA), que recomendou “extrema cautela” às companhias aéreas que sobrevoam o território venezuelano. No comunicado, difundido na última semana, a agência destacou riscos potenciais para aeronaves em todas as altitudes, citando deterioração da segurança e intensificação de atividades militares na região — cenário agravado pela presença de um contingente aeronaval norte-americano no Caribe.

Diante desse quadro, Rodríguez afirmou que a Venezuela enfrenta “sérias ameaças de agressão militar” e agradeceu o apoio da Rússia, destacando a aliança “indestrutível” entre os dois governos.

Na segunda-feira, o governo venezuelano estabeleceu um prazo de 48 horas para que companhias que haviam suspendido voos retomassem suas operações. Como nenhuma atendeu ao chamado, o país formalizou nesta quarta-feira a revogação das autorizações de Iberia, TAP, Turkish Airlines, Avianca, Latam Colômbia e Gol, acusando-as de aderir a “ações de terrorismo” atribuídas aos EUA.

Quer mais notícias direto no celular? Acesse nosso canal no WhatsApp!

A repercussão internacional foi imediata. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que representa mais de 300 empresas do setor, pediu nesta quinta-feira que o governo venezuelano reveja a decisão e restabeleça as concessões para evitar maiores prejuízos à conectividade aérea e à população.