
O Burger King, uma das maiores redes de fast-food do mundo, anunciou recentemente o encerramento de todas as suas 116 lojas na Argentina, marcando o fim de uma trajetória de 36 anos no país. A decisão foi confirmada pelo grupo mexicano Alsea, que é responsável pela franquia desde 2006. O primeiro restaurante da marca foi inaugurado em 1989 no bairro de Belgrano, em Buenos Aires, e ao longo dos anos a rede se expandiu para diversas localidades, incluindo Mendoza e outras cidades importantes.
A saída do Burger King da Argentina não é apenas um reflexo das dificuldades enfrentadas pela marca, mas também parte de uma estratégia mais ampla de desinvestimento regional por parte da Alsea. Apesar de ser a terceira maior rede de hambúrgueres do país, atrás apenas do McDonald’s e da rede local Mostaza, a operação não conseguiu manter sua posição competitiva nos últimos anos. Essa mudança ocorre em um contexto onde a Alsea busca concentrar seus investimentos em marcas que apresentam maior rentabilidade, como o Starbucks, que já conta com 133 cafeterias na Argentina.
Desafios enfrentados pelo Burger King na Argentina
Nos últimos anos, o Burger King enfrentou uma série de desafios que impactaram diretamente suas operações no mercado argentino. Até 2018, a marca ocupava a vice-liderança no setor de fast-food do país; no entanto, desde então, perdeu espaço para a Mostaza, que atualmente ocupa essa posição. A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais a situação da rede, resultando em quedas significativas nas vendas e no fechamento de pontos emblemáticos.
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Um exemplo notável desse impacto foi o fechamento do famoso restaurante localizado na esquina das ruas Corrientes e Florida em 2019. Este local era um marco para os amantes da comida rápida e simbolizava a presença forte da marca na cultura gastronômica argentina. Além disso, as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país também contribuíram para a diminuição do fluxo de clientes nas lojas.
Expectativa sobre o futuro das operações
A negociação para a venda das lojas ainda está em andamento, mas até agora a Alsea mantém silêncio oficial sobre os detalhes desse processo. A empresa reforçou que toda comunicação será feita exclusivamente através de canais institucionais. Isso levanta questões sobre quem assumirá as operações restantes e como isso afetará os funcionários atuais e os clientes leais à marca.
Enquanto isso, muitos consumidores expressam tristeza com o fechamento das lojas icônicas do Burger King na Argentina. Para muitos argentinos, essas lojas não eram apenas locais para refeições rápidas; eram parte integrante da experiência social e cultural local. O futuro dessas unidades permanece incerto até que um novo operador seja definido.
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