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NOVOS ESTUDOS

Pedaço da Lua pode estar orbitando próximo da Terra

Descoberta pode ajudar a entender melhor os asteroides que colocam nosso planeta em risco

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Imagem ilustrativa da notícia Pedaço da Lua pode estar orbitando próximo da Terra camera Kamo`oalewa é diferente do de outros asteroides que orbita próximo da Terra | Imagem: Addy Graham/University of Arizona

Ao pesquisar um asteroide que orbita próximo da Terra, astrônomos da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriram algo surpreendente. Segundo eles, evidências apontam que o objeto seja, na verdade, um pedaço que se desprendeu da Lua. O estudo foi publicado no periódico científico Communications Earth & Environment.

De acordo com Renu Malhotra, até agora apenas objetos distantes vindos além da órbita de Marte eram considerados asteroides próximos da Terra. Mas a descoberta do novo objeto, batizado de "Kamo`oalewa", mudou completamente esse cenário.

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Os pesquisadores decidiram estudar o Kamo`oalewa porque ele é considerado um objeto incomum, pois é um quase-satélite da Terra (termo usado para asteroides cujas órbitas são tão semelhantes às do nosso planeta). O outro aspecto peculiar do objeto é a sua longevidade: espera-se que ele permaneça próximo da Terra durante milhões de anos.

Observações feitas em 2021 já haviam demonstrado que Kamo`oalewa era diferente do de outros asteroides, sugerindo sua origem lunar. No novo estudo, Malhotra queriam testar a viabilidade de um pedaço da Lua cair nessa órbita de quase satélite. Segundo a autora do estudo, esse fenômeno é bastante improvável, pois fragmentos da Lua que têm energia cinética suficiente para escapar do sistema Terra-Lua também têm energia demais para pousar nas órbitas de quase-satélites semelhantes à Terra.

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Com simulações numéricas sobre a precisão as forças gravitacionais, a equipe de Malhotra descobriu que alguns fragmentos lunares poderiam encontrar o caminho para essas órbitas. Assim, a cientista concluíram que o Kamo`oalewa pode ser um fragmento criado durante um impacto na Lua nos últimos milhões de anos.

Para a astrônoma, a descoberta podem ajudar a compreender mais sobre os asteroides próximos da Terra, que são considerados um perigo para o nosso planeta.

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