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Espécie humana corre grande risco de extinção

Especialista alerta que "os sinais [da extinção] já estão aí para quem os quiser ver", basta olhar com atenção.

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Imagem ilustrativa da notícia Espécie humana corre grande risco de extinção camera Nos tempos atuais, a população mundial ainda cresce, mas essa taxa de aumento caiu pela metade desde 1968. | Romankosolapov/Envato Elements

Se a humanidade seguir a tendência atual, nossa espécie corre sérios riscos de entrar em extinção ou, pelo menos, ser reduzida a um número bem restrito de indivíduos na terra. É esta a conclusão que o paleontólogo e biólogo evolucionário, Henry Gee, chegou ao analisar pegadas de seres humanos. O pesquisador é também editor sênior darevista científica Nature.

"Suspeito que a população humana não está destinada apenas a diminuir, mas a entrar em colapso — e logo", defende Gee. Inclusive, o pesquisador alerta que "os sinais [da extinção] já estão aí para quem os quiser ver", basta olhar com atenção.

Segundo o pesquisador, uma espécie está fadada à extinção quando:

  • O habitat se torna degradado de tal forma que há menos recursos para circular;
  • A fertilidade começa a diminuir;
  • A taxa de natalidade cai abaixo da taxa de mortalidade;
  • Os recursos genéticos são limitados.

Nos tempos atuais, a população mundial ainda cresce, mas essa taxa de aumento caiu pela metade desde 1968. Atualmente, a população do planeta é estimada 7,9 bilhões de humanos, segundo a plataforma Worldometer.

Só que é consenso, de acordo com Gee, que este número atingirá o pico em meados deste século e, então, começará a cair. Em 2100, o tamanho da população mundial já poderá ser menor que é agora.

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Para entender os riscos de extinção da nossa espécie, é preciso lembrar que somos mamíferos e, como tais, alguns comportamentos podem ser refletidos. "As espécies de mamíferos tendem a ir e vir rapidamente, aparecendo, florescendo e desaparecendo em cerca de um milhão de anos", explica o especialista.

Registros fósseis indicam que o Homo sapiens existe há cerca de 315 mil anos, mas a predominância dessa espécie no planeta é muito mais recente do que a sua existência. "Na maior parte desse tempo, a espécie era rara — tão rara, na verdade, que esteve perto da extinção, talvez, mais de uma vez", afirma Gee.

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