
Num mundo onde o consumo de moda caminha lado a lado com impactos ambientais, o varejo brasileiro tem apostado em mudanças profundas para atender uma nova geração de consumidores mais conscientes. A responsabilidade ambiental e social deixou de ser um diferencial e passou a ocupar papel central nas estratégias de grandes redes varejistas. De acordo com dados do ModaComVerso, iniciativa da ABVTEX, 76% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos de marcas engajadas com causas socioambientais, enquanto 48% preferem comprar de empresas que apoiam essas causas de forma clara.
Com esse cenário, grandes marcas têm intensificado seus esforços para democratizar o acesso à moda, tornando-a mais sustentável, além de reafirmar seu comprometimento com o reaproveitamento de tecidos e a economia circular como caminhos para diminuir o impacto ambiental da indústria têxtil.
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Para facilitar o descarte consciente de roupas por parte dos consumidores, por exemplo, redes varejistas criaram sistemas próprios de coleta em loja. A Renner, por exemplo, mantém desde 2011 o projeto EcoEstilo, que já recebeu mais de 10 toneladas de roupas usadas. As peças passam por processos de reciclagem, desfibragem, reutilização ou são doadas. A C&A, em contrapartida, lançou o Movimento ReCiclo em 2012 e afirma ter arrecadado mais de 165 mil peças desde então. Já a Riachuelo criou em 2020 o programa "Moda que Transforma", que dá novo destino a 86% das roupas recebidas.
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MODA RESPONSÁVEL
As metas das varejistas mostram que a sustentabilidade não é uma tendência passageira. Grandes marcas têm traçado planos ambiciosos focados em tecnologia, preservação dos recursos naturais e liderança em inovação sustentável, com objetivos que vão desde a redução da emissão de gases de efeito estufa até a ampliação do uso de matérias-primas mais sustentáveis.
Em um setor historicamente marcado pelo descarte rápido, as novas práticas mostram que, agora, sustentabilidade e estilo podem - e devem - caminhar juntos.

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