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AÇÃO CRIMINOSA

Metanol foi adicionado a bebidas de forma criminosa, diz perícia

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou nota afirmando que, até o momento, a perícia realizada identificou que o metanol foi adicionado intencionalmente às bebidas

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Imagem ilustrativa da notícia Metanol foi adicionado a bebidas de forma criminosa, diz perícia camera Instituto de Criminalística confirma que metanol foi adicionado intencionalmente às bebidas em SP, levantando preocupações sobre segurança e saúde pública. | Reprodução

A desconfiança que se instalou nas últimas semanas em São Paulo, após uma série de internações e mortes por intoxicação, agora ganha uma confirmação preocupante: o Instituto de Criminalística da Polícia Científica apontou que o metanol presente nas bebidas investigadas foi adicionado de forma externa, e não é resultado de um processo natural de destilação. A revelação reforça a hipótese de adulteração proposital — ou ao menos negligente — na produção de bebidas alcoólicas comercializadas em São Paulo.

A informação foi divulgada em meio à crescente mobilização do governo paulista para conter os efeitos dessa contaminação, que já causou 18 casos confirmados de intoxicação por metanol, incluindo três mortes. As vítimas fatais são dois homens, de 54 e 46 anos, ambos moradores da capital, e uma mulher de 30 anos, residente em São Bernardo do Campo, na região metropolitana.

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Metanol não surgiu naturalmente

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou nota afirmando que, até o momento, a perícia realizada identificou que o metanol foi adicionado intencionalmente às bebidas. Não foi revelado quantas garrafas foram analisadas nem os locais exatos de coleta das amostras, o que reforça o caráter sigiloso da investigação em curso. A SSP também confirmou que está realizando análises de concentração das substâncias químicas e exames documentoscópicos para verificar a autenticidade de rótulos e lacres.

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, duas frentes de investigação estão em andamento. A principal tese, considerada mais provável até o momento, é que o metanol tenha sido introduzido na bebida durante o processo de falsificação — seja por má-fé, seja por erro grosseiro.

"Há indícios de que o etanol usado na falsificação pode ter sido adquirido em postos de gasolina e já estivesse ‘batizado’ com metanol", afirmou Dian. O uso indevido dessa substância extremamente tóxica pode causar danos graves ao organismo, como cegueira, falência de órgãos e até a morte.

Prisões e força-tarefa

Em resposta à crise, o governo de São Paulo montou uma força-tarefa composta por agentes da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária, que já resultou em 41 prisões e quatro fábricas clandestinas interditadas. Em uma das ações, mais de 100 mil vasilhames foram apreendidos em um galpão clandestino.

Além disso, existe a suspeita de que parte do metanol encontrado nas bebidas possa ter vindo de produtos abandonados após ações policiais anteriores, o que acende um alerta sobre o armazenamento e descarte de substâncias perigosas.

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Alerta

O metanol, ao contrário do etanol (álcool comum), não é seguro para consumo humano em nenhuma quantidade. Ele é utilizado principalmente em processos industriais, como na fabricação de combustíveis, solventes e produtos químicos. Sua ingestão, mesmo que mínima, pode levar à morte em poucas horas.

O caso acende um alerta urgente sobre o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, especialmente em épocas festivas ou em estabelecimentos sem fiscalização rigorosa. O governo paulista orienta que a população verifique rótulos, lacres e selos de segurança antes de consumir qualquer bebida e que denuncie práticas suspeitas.

Enquanto isso, as autoridades seguem trabalhando para identificar a origem do metanol, os responsáveis pela adulteração e os pontos da cadeia de distribuição onde a contaminação ocorreu. Até lá, o mais importante é redobrar os cuidados e estar atento aos riscos invisíveis que podem estar por trás de uma simples garrafa.

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