
Em julho de 2025, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia Castro, de 24 anos, foi preso em Santos, São Paulo, por agredir brutalmente sua então namorada, a médica Samira Khouri, de 27 anos. A violência resultou em uma fratura no crânio e múltiplas fraturas na face de Samira. Um mês após o ataque, ela decidiu compartilhar sua história em uma entrevista, revelando os detalhes daquela noite traumática e sua luta para se reerguer.
Samira, que no dia do crime celebrava seu aniversário de 27 anos, agora enfrenta sequelas graves. O lado esquerdo de seu rosto está paralisado, ela perdeu 50% da visão do olho mais atingido e não consegue mais sorrir. Para se locomover, precisa do auxílio de sua mãe. Ela relata que a agressão foi tão intensa que Pedro quebrou todas as estruturas que sustentam seu globo ocular e a maioria dos ossos de seu nariz, necessitando de placas de titânio para estabilizar as fraturas.
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O casal, que morava em Santos, alugou um apartamento em Moema, São Paulo, para passar a noite. Pedro havia feito uma declaração de amor em suas redes sociais para celebrar o aniversário de Samira. No entanto, a noite mudou de rumo em uma balada, quando Pedro demonstrou ciúmes excessivos ao ver Samira conversando com outras pessoas, o que culminou em uma briga e na sua retirada do local pelos seguranças.
Samira retornou ao apartamento sozinha, e, pouco depois, Pedro chegou, visivelmente nervoso. O ataque começou com um soco que a derrubou e a fez perder a consciência. Na queda, ela sofreu uma rachadura no crânio. Apesar de desmaiada, Pedro continuou a agredi-la por cerca de seis minutos. Ao acordar, ela fingiu ainda estar inconsciente para tentar evitar mais violência, mas Pedro a golpeou mais 12 vezes. A médica descreve a dor dos socos no rosto como se estivesse tendo sua vida tirada.
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Após a agressão, Pedro fugiu com o celular de Samira. Câmeras de segurança do prédio o flagraram saindo do apartamento, segurando a mão direita, que havia sido fraturada pela violência dos socos. Vizinhos, que ouviram os gritos de socorro, acionaram a polícia, que encontrou Samira desfigurada. A delegada que atendeu o caso descreveu a cena como "gravíssima" e o rosto da vítima como "destruído".
Samira foi internada na UTI, onde permaneceu por 12 dias em estado semi-inconsciente. Ela relata a incredulidade e a dor ao se olhar no espelho e não se reconhecer. A mãe de Samira, a advogada Fabiana Mendes, expressou o choque e a tristeza de ver a filha naquele estado, algo que nunca imaginou que pudesse acontecer. Pedro foi preso em flagrante no carro de Samira, em Santos.
Na audiência de custódia, o juiz manteve a prisão, convertendo-a em preventiva. Ele justificou a decisão pela "violência exacerbada" e "brutalidade incomum" do crime, destacando o porte físico do agressor e a covardia de seus atos. Pedro Camilo responderá por tentativa de feminicídio. Sua defesa alega que ele estava sob uso de remédios controlados e anabolizantes, além de ter diagnóstico de bulimia e depressão.
Samira, olhando para o relacionamento de quase dois anos, percebe que ignorou sinais de alerta. "Pedro nunca a havia agredido fisicamente, mas tinha comportamentos agressivos, como bater em objetos, e era extremamente ciumento e possessivo". Ele controlava o celular dela e tinha acesso a todas as suas conversas. Agora, Samira pretende cobrir as tatuagens com o nome do ex-namorado e busca justiça para que ele pague pelo que fez, para que não tenha a chance de concretizar a intenção que ela acredita que ele tinha: matá-la.
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