Faltam 100 dias! Belém inicia contagem regressiva para a COP 30

Neste sábado, 2 de agosto, Belém entra na contagem regressiva para um dos eventos mais importantes de sua história: faltam exatos 100 dias para o início da COP30, a 30ª edição da Conferência das Partes da ONU sobre mudanças climáticas, que reunirá líderes mundiais de 10 a 21 de novembro.

Nesta sexta-feira, 1º de agosto, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) promoveu uma visita guiada a jornalistas para mostrar o andamento das principais obras preparatórias. O destaque é a montagem da chamada Blue Zone – área central das negociações oficiais do evento – que já transforma o Parque da Cidade.

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“Essa área compreende cerca de 250 mil metros quadrados e será o principal palco de negociações da COP30”, explicou Olmo Xavier, diretor de Infraestrutura da Secretaria Extraordinária para a COP30 do governo federal.

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“Desde o Hangar até o Pavilhão Gastronômico, teremos cerca de 160 mil metros quadrados de estruturas temporárias para receber plenárias, salas de imprensa, áreas de catering e os estandes dos países”, detalhou.

Até o momento, já são 40 mil metros quadrados de tendas montadas, e a previsão é finalizar a macroestrutura até o fim de agosto.

A Blue Zone, coordenada pela UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), será um espaço exclusivo para negociações entre líderes globais.

Além dela, Belém contará com a Green Zone, voltada ao público geral, que já foi entregue e oferecerá um parque aberto e arborizado, diferente de edições anteriores, que costumavam ter áreas menos verdes. Após a conferência, parte das estruturas será reaproveitada, e o Parque da Cidade seguirá seu projeto original.

Obras que transformam Belém

A preparação para a COP30 vai além do Parque da Cidade. Grandes obras de mobilidade, drenagem, cultura e turismo estão em fase final de execução e prometem mudar a paisagem urbana e a qualidade de vida da população.

A engenheira Marcele Veiga, responsável pelo canal da Gentil – parte da macrodrenagem da bacia do Tucunduba –, informou que a entrega está prevista para agosto.

“Estamos finalizando acabamentos, sinalização e piso tátil. Essa obra vai beneficiar 300 mil moradores, com drenagem e sistema de água novos. Todo o canal foi alargado, o sistema de esgoto reformado, o que deve acabar com os alagamentos históricos da região”, destacou.

Já o projeto Porto Futuro II, conduzido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), estão 95% concluídos. Segundo Rodolfo Castro, diretor de projetos da Secult, cinco antigos armazéns da Companhia Docas do Pará estão sendo requalificados.

“Teremos o Museu das Amazônias, o Armazém Gastronômico inspirado no modelo do Time Out, um polo de Bioeconomia com coworkings e auditórios, uma Fábrica voltada a cosméticos, alimentos e embalagens sustentáveis, e ainda a primeira Caixa Cultural Belém do país”, anunciou. A entrega será até 4 de outubro, antes do Círio.

Outro destaque é o Parque Linear da Doca, cuja arquiteta responsável, Naiara Carvalho, garante que o cronograma segue conforme o previsto. “A obra deve ser entregue até o fim de outubro, mas nas próximas semanas vamos abrir trechos para que a população acompanhe a finalização dos trabalhos, com segurança”, confirmou.

Gastronomia e economia criativa

A secretária de Cultura, Úrsula Vidal, destaca que o novo centro gastronômico e a economia criativa terão papel fundamental na COP30 e no futuro da cidade.

“São mais de cinco mil pessoas trabalhando nas obras. O centro gastronômico terá mais de 40 quiosques e seis restaurantes, mas foi pensado muito antes da Conferência. Será um legado permanente, um centro de formação e fortalecimento do turismo, potencializando o reconhecimento de Belém como Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco”, comemorou.

Legado

Com milhares de trabalhadores envolvidos e uma parceria entre governos estadual e federal, Belém vive uma transformação histórica. Após a COP30, a infraestrutura temporária da Blue Zone será desmontada para dar lugar ao Parque da Cidade definitivo.

“Todas as estruturas são planejadas para serem reaproveitadas, garantindo sustentabilidade”, reforçou Olmo Xavier.