O Brasil registrou 523.699 óbitos pela Covid-19 desde o início da pandemia. Os dados compilados diariamente pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde mostram uma queda no número de mortes diárias.
No sábado (03), foram registradas 1.631 novas mortes por covid-19. Com isso, o país completa uma semana com tendência de queda na média móvel de mortes.
De acordo com informações do Viva Bem UOL, a vacinação começa a apontar indícios de que está fazendo efeito na melhoria dos indicadores no Brasil, após cinco meses e meio do início.
Até o final de junho, o Brasil havia imunizado 26,27 milhões de pessoas (12,41% da população) com as duas doses ou dose única, e 73,5 milhões (35%) com a primeira dose.
Médicos ouvidos pelo UOL afirmaram que, mesmo lenta, a vacinação já aponta um resultado direto para a queda em indicadores, em especial dos grupos protegidos.
Em junho de 2020, idosos com 60 anos ou mais somavam 77% dos óbitos por covid-19 cadastrados no Registro Civil. A faixa etária mais atingida era dos 70 a 79 anos, com uma a cada quatro mortes (25,5%).
Em junho deste ano, as faixas de 60 anos ou mais tornaram-se minoria (45,7%), mudando as idades com maiores registros, que passaram a ser de 50 a 59 anos (idades que ainda estava em processo de vacinação), com 27% dos óbitos. Já a faixa etária de 70 a 79 anos (que já tinham sido imunizados), caiu para 13,6%.
“Certamente é um indício bem forte de que a vacinação está fazendo exatamente o que nós esperávamos que ela fizesse: diminuísse em especial o número de óbitos entre os grupos imunizados. No Brasil, já podemos ver isso com mais clareza, como acompanhamos antes em outros países”, diz Monica de Bolle, professora da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Os boletins epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde também mostram queda. Em 2020, idosos com 60 anos ou mais representaram 73% das mortes por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Em 2021, até o meio de junho, o índice caiu para 60%.
A tendência é que este percentual caia ainda mais à medida que a população entre 60 e 69 anos seja completamente imunizada.
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