Cantillo pede reação e Remo pode ter time reformulado em BH

A volta aos treinos do elenco do Clube do Remo teve como pauta principal a recuperação. Curiosamente, o Leão está no páreo para figurar no G4, mas vem adiando constantemente a entrada no grupo dos quatro primeiros colocados.

E essa demora tem feito com que, paulatinamente, alguns clubes passem na sua frente na tabela de classificação - ontem, o Cuiabá venceu e assumiu a quinta colocação, com o Remo caindo para 6º.

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Com 30 pontos, o time paraense respira ainda com facilidade, mas a ordem é não dar brecha para o azar. Por isso, desde o final do jogo contra a Ferroviária-SP, vencida pela equipa paulista por 2 a 0, no Mangueirão, que os atletas conversam.

O assunto? A necessidade de se voltar a vencer, ou pelo menos pontuar, contra um adversário que luta na parte debaixo da tabela e que também precisa, desesperadamente, voltar a vencer.

"Nós conversamos já depois do jogo, lá no estádio, mesmo. Foi uma atuação bem abaixo do que a gente vinha apresentando. Nesta semana, temos que trabalhar para melhorar e conquistar três pontos, não tem outra forma. Temos que buscar em um jogo fora o que perdemos aqui em casa. Vai ser difícil, mas acreditamos que podemos ganhar", comentou o volante Cantillo.

Para o jogo contra o Coelho, o técnico António Oliveira terá um desfalque muito importante. Artilheiro da Segundona com 10 gols, o atacante Pedro Rocha recebeu o cartão vermelho na rodada passada e terá que cumprir suspensão automática.

A contrapartida será o retorno do meia Régis, que foi expulso contra o Goiás-GO quando estava no banco de reservas. Além disso, o Leão Azul deve contar com o meia Diego Hernández, emprestado pelo Botafogo-RJ e que vem em um trabalho intensivo de recuperação física há duas semanas.

Trabalho este que finalizará na véspera da partida em Belo Horizonte (MG). O jogador não estará na melhor das condições, inclusive pela falta de ritmo, mas pela necessidade dificilmente deixará de ser relacionado e aproveitado.

O recém-contratado atacante uruguaio Nico Ferreira, que ainda não foi apresentado oficialmente, mas já treina no Baenão, também tem chances de ser relacionado.

Mas as mudanças não devem parar por aí. Muito vaiado após a partida contra a Locomotiva, o zagueiro Kayky corre o risco de deixar o time, em especial porque tanto Reynaldo quanto Klaus já voltaram aos treinamentos e estão à disposição.

No meio, o vokante Jaderson pede passagem após ficar duas partidas no banco. São as opções que o português António Oliveira tem para tentar dar uma mexida na equipe.

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Para Cantillo, por mais que o América-MG esteja em uma fase ruim, é preciso ter todo o cuidado possível diante de um adversário com muita tradição, especialmente no Estádio Independência.

"É um time que sempre briga na Série A também, já estive lá. E vai ser um jogo difícil, com jogadores muito bons. Temos que melhorar se quisermos ganhar essa partida. Temos que pressionar, buscar os três pontos porque não temos outra alternativa. Temos que começar a conseguir os pontos para estar na parte de cima", finalizou.

PARTE FÍSICA, OK

Uma das principais contratações do Clube do Remo para a Série B, o volante Cantillo aos poucos começa a recuperar a melhor forma física. Quando chegou, vinha de quase três meses sem jogar e também de um 2024 com poucas partidas.

Ele ainda não completou nenhum jogo nos seus 90 minutos, mas a cada rodada ele é substituído um pouco mais tarde. O meio-campista garante que se for preciso, já está pronto para encarar uma partida inteira.

"Já joguei três, quatro jogos que me ajudaram muito. Acho que acredito que dá para jogar 90 minutos se o treinador decidir, não tenho problema nenhum. Às vezes é difícil jogar aqui porque tem um clima um pouquinho mais pesado do que em outros lugares, mas tudo bem, estou tentando ajudar o time, que acho que é o mais importante. Não interessa quem joga, se é o Cantillo, se é outro, o mais importante é o time, o Remo, que consiga o objetivo que a gente espera", pontuou.

A preparação para mais um jogo fora de casa remete ao cansaço da última vez que isso aconteceu. Cantillo destacou o cansaço na partida contra a Ferroviária-SP e que isso poderia ter sido evitado.

"Acho que dava para colocar o jogo no sábado ou domingo, que ficaria mais fácil para nós. Mas, como o jogo já aconteceu, temos que olhar para frente e ir lá no campo do América-MG e ganhar. Não tem outra coisa a fazer, não podemos deixar passar mais pontos porque o torneio vai ficando mais apertado", comentou.

O meio-campista sabe que é preciso recuperar e passar por causa de todos os obstáculos, inclusive o desgaste físico dos deslocamentos, algo que afeta demais os clubes do norte.

"É uma viagem um pouquinho longa, mas não é desculpa para nada. As pessoas estão preparadas, têm que saber que tudo isso faz parte desta competição e tem que ganhar o jogo. Não há outra coisa, têm que ir fora, em casa, onde for depois e tentar ganhar e somar três pontos para ficar ali, perto do G4", finalizou.

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