Paysandu precisa ter aproveitamento de G-4 para se livrar do rebaixamento

Nem o torcedor mais pessimista do Paysandu imaginava que o clube estaria vivendo uma das piores jornadas na Série B do Campeonato Brasileiro de sua história. Após o empate em 0x0 com o América-MG, no último sábado (13), o Papão se vê num buraco que parece não ter fim.

Após 26 rodadas disputadas, o Paysandu é o lanterna da Série B com 22 pontos, e a 6 pontos do Botafogo-SP, primeiro clube fora da zona de rebaixamento. Para tentar reverter esse cenário alarmante, o Papão precisa conquistar pelo menos 22 pontos nas 12 rodadas restantes — um aproveitamento mínimo de cerca de 61%, algo bem acima do que o time vem apresentando (atualmente, o aproveitamento é de apenas 28,2%). Ou seja, o Papão precisa, a partir de agora, ter aproveitamento de equipes que estão brigando pelo acesso à Série A.

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Para se manter na Série B, a projeção de segurança gira em torno de 44 a 45 pontos. Dos 12 jogos restantes, 6 serão em casa. Se vencer todos como mandante, chegaria a 40 pontos, ainda precisando de mais 4 ou 5 pontos fora de casa para garantir a permanência — o que pode exigir vitórias em confrontos diretos, como contra o Botafogo-SP e Ferroviária.

Jogos em casa restantes (6):

• Novorizontino
• Cuiabá
• Remo
• Avaí
• Coritiba
• Amazonas

Confrontos diretos importantes:

• Botafogo-SP (fora)
• Ferroviária (fora)
• Amazonas (casa)
• Avaí (casa)

A matemática permite, mas e o campo?

Certamente, com 12 rodadas por disputar, a matemática permite ao torcedor do Papão sonhar com um milagre que é fugir da zona de rebaixamento. Porém, o que se vê em campo não anima muito.

Com uma diretoria perdida e sem saber o que está fazendo, as esperanças recaem no treinador Marcio Fernandes, mas não por acreditar que ele seria o treinador mais preparado para essa missão, mas por se apegar ao misticismo que envolveu seu retorno a Curuzu.

De maneira lógica, um profissional que foi dispensado em fevereiro não seria o mais indicado para retornar 7 meses depois. Porém, a esperança de que Fernandes repita a arrancada de 2024 pode ter sido o principal fator para seu regresso. Mas as condições atuais são bem mais adversas.

No entanto, se a matemática permite que o torcedor sonhe, resta acreditar que, novamente, o fator 'Marcio Fernandes' salve mais uma vez o Paysandu de um vergonhoso rebaixamento, o terceiro em 12 anos.