Papão enfrenta o Amazonas em busca de pontos decisivos

Faltando duas rodadas para o final do turno da competição, o Paysandu vive, na Série B do Brasileiro, a era dos extremos e com o seu time literalmente em alta no campeonato. Depois de ter enfrentado e desbancando o, até então, líder da disputa, o Coritiba-PR, no último final de semana, o Papão encara, hoje, às 21h30, o último colocado na classificação da Segundona, o Amazonas-AM, no estádio Carlos Zamith, em Manaus. O jogo é válido pela 18ª rodada do Nacional. O objetivo bicolor, claro, é seguir pontuando para se afastar da parte de baixo da tabela de pontuação, na qual por cinco vezes esteve na última posição entre os 20 clubes participantes.

Com a vitória sobre o Coxa, o Papão chegou a 18 pontos e, com isso, acabou deixando a zona de “degola” do campeonato, passando a ocupar a 16ª posição, a 1ª acima do Z4. Mas, no início da rodada, ontem, o empate entre Ferroviária-SP e Athletico-PR devolveu o Papão para a zona da degola, em 17º lugar. A parte inferior da classificação está bastante embolada, com os três primeiros da zona (Paysandu, Volta Redonda e Botafogo-SP ) somando 18 pontos. A Ferroviária, fora do Z4, tem 19; e o Amazonas, por sua vez, tem 17, na lanterna. Os bicolores entram em campo, hoje, conscientes de que terão uma difícil missão diante do adversário manauara.

O fato de enfrentar fora de casa um adversário em desespero para deixar a lanterna do campeonato é apenas um dos obstáculos a ser superado pelo Papão. A Onça Pintada, como é apelidado o time da casa, vive momento de confiança na competição, visto que em sua última apresentação aplicou 3 a 0 no Botafogo-SP, em Manaus. O resultado acabou dando uma mãozinha ao próprio Paysandu. Mas a atmosfera é de confiança entre os bicolores e nem poderia ser diferente, afinal de contas o time comandado por Claudinei Oliveira não perde há seis jogos na Segundona, desde que o treinador assumiu o comando da equipe.

A invencibilidade ostentada pelo Papão registra quatro vitórias, a 1ª fora de casa contra o Coritiba, e outros dois empates. Transpondo o obstáculo de hoje, o Paysandu chegará a 21 pontos. Ao final do turno do campeonato, o Papão pode chegar a 24 pontos. O último jogo dos bicolores na fase será diante do Athletic-MG, que assim como o Papão engatou uma arrancada na reta final da etapa. A partida será em Belém.

+ADVERSÁRIO

• Bem longe do público do público de quase 25 mil torcedores pagantes, alguns deles bicolores, no jogo do Paysandu contra o Coritiba-PR, no “Couto Pereira”, no último final de semana, a diretoria do Amazonas-AM projeta “casa cheia” no estádio Carlos Zamith, na partida de hoje à noite, contra o Papão, pela 18ª rodada da Série B do Brasileiro. Para tentar atrair o máximo de torcedores, a direção do clube manauara decidiu cobrar ingresso de arquibancada e cadeira a preços que variam de R$ 20 a R$ 60, dependendo da localização. Mas, o retrospecto de público em jogos do clube, assim como a campanha do time é pífio.
• Em oito jogos que fez como mandante, jogando na Arena da Amazônia e no Carlos Zamith, o Amazonas só conseguiu levar 6.029 torcedores, o que representa a inexpressiva média de 754 torcedores pagantes por partida. O clube, que é o lanterna do campeonato, com 17 pontos, ocupa a penúltima colocação no ranking de público da competição, vencendo apenas o Athletic-MG, que tem média de 589 torcedores na mesma quantidade de jogos. O fato de o time ter derrotado, na rodada passada, o Botafogo-SP, por 3 a 0, pode servir de chamariz de público. O estádio comporta até 10 mil torcedores.

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A meta é subir na tabela em busca de estabilidade

O fato do Paysandu ter deixado a zona de rebaixamento após a goleada sobre o Coritiba foi, merecidamente, festejado pela torcida do Paysandu. O próprio técnico Claudinei Oliveira e os seus jogadores também comemoraram a subida de degrau do time na classificação da Série B. Mas o Papão, conforme ressaltou o atacante Maurício Garcez, não pode “dormir em posição esplêndida”, afinal de contas o campeonato só está chegando na sua metade. E ele demonstrou estar certo, já que o início da rodada, ontem, já devolveu o time bicolor para o Z4.

“Vai ser um jogo difícil, como foi lá em Curitiba”, comparou Garcez. “O mais difícil agora será conseguir se manter fora da zona. Temos de trabalhar mais ainda para ficarmos na parte de cima, onde o Paysandu merece estar”, declarou o atacante. Em seguida, ele falou sobre o bom entendimento que vem apresentando ao lado de Diogo Oliveira, companheiro de ataque no time bicolor. “O Diogo é um cara que eu já conhecia. A gente jogou junto. Daí que isso facilita bastante em campo na hora de fazer as escolhas”, comentou.

Ainda sobre o entendimento com Oliveira, Garcez afirmou: “Ele sabe por onde eu vou e eu sei por onde ele vai. Isso é bom”, observou. O fato de viver um grande momento no Papão foi comentado pelo atacante. “É fruto de muito trabalho e da confiança. A confiança tem que estar bem alta para fazer as coisas corretas”, disse Garcez, que tem mostrado ousadia em campo partindo para cima das defesas dos adversário sem medo de cara feia, o que segundo ele não é novidade em sua carreira. “Sempre tive e gosto também de jogar sem bola. Acho um ponto interessante”, finalizou o atacante bicolor.

E MAIS...

ROSSI ESTÁ FORA DO JOGO

• O atacante Rossi está fora dos planos do técnico Claudinei Oliveira para enfrentar o Amazonas. O jogador, artilheiro do Papão na temporada, com 12 gols, figurava como opção para o treinador. Mas, no treino da última segunda-feira, em Manaus, o Búfalo acabou voltando a sentir a coxa e teve de retornar a Belém, de onde tinha viajado no domingo para se integrar ao grupo de jogadores, após cumprir suspensão pelo 3º cartão amarelo. A baixa do atacante aumenta a chance de Oliveira manter a formação que bateu o Coritiba-PR, no final de semana passado.
• Rossi à parte, o treinador do Papão poderá fazer apenas uma mudança na formação bicolor, sacando o zagueiro Maurício Antônio para a volta de Thalisson, que, assim como Rossi, cumpriu suspensão na partida contra o Coxa, também viajando para a capital amazonense no dia seguinte ao jogo na capital do Paraná.