Nos últimos anos, figuras do esporte têm enfrentado acusações e processos que transcendem os gramados e quadras, levando ao público questões sensíveis que envolvem a vida pessoal e comportamentos fora das competições. Ex-atletas que foram ídolos de torcidas agora convivem com a mesma exposição que antes os consagrou, porém, em contextos distintos. Jorge Valdívia, ex-meia do Palmeiras e ícone do futebol chileno, tornou-se o centro de uma investigação judicial no Chile, que movimenta a opinião pública e desafia a imagem de outrora.
Em meio a graves acusações e uma investigação que se desdobra, as forças especiais da polícia chilena realizaram buscas na residência de Jorge Valdívia, ex-jogador do Palmeiras e da seleção chilena. A medida, parte de um processo iniciado pela Procuradoria do Leste, foi realizada na última quarta-feira (23) com o objetivo de obter provas relacionadas a uma denúncia de abuso sexual contra o ex-jogador.
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O Ministério Público do Chile confirmou que a ação policial ocorreu em sintonia com a nova defesa de Valdívia, liderada pela advogada Paula Vidal. A mudança na defesa ocorreu também na quarta-feira, quando Valdívia substituiu sua antiga representante jurídica, Erika Maira. Segundo o jornal chileno "Bio Bio", Maira anunciou sua saída após a Procuradoria comunicar a recepção de uma segunda denúncia de abuso contra o ex-jogador.
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Valdívia se encontra atualmente sob detenção preventiva no Centro Penitenciário Rancagua, medida determinada pelo Oitavo Tribunal de Garantias de Santiago. O Ministério Público justificou a prisão com base no entendimento de que o ex-jogador representa “um perigo para a segurança da vítima”.
ENTENDA O CASO
As denúncias contra Valdívia começaram na última segunda-feira (21), quando uma tatuadora se apresentou ao Serviço Médico Legal (SML) de Independência para registrar um possível estupro ocorrido no domingo (20). A vítima afirma que encontrou o ex-atleta em um restaurante em Providencia para discutir detalhes de uma tatuagem, encontro que teria começado de forma profissional. Após consumir bebidas alcoólicas, ambos teriam seguido para a residência dela, onde, segundo a denunciante, os acontecimentos da noite permanecem obscuros devido à falta de memória.
Em defesa de Valdívia, sua advogada Paula Vidal argumenta que o ocorrido “trata-se de uma relação consensual, desenvolvida no contexto de um convite à casa da denunciante e, nesse contexto, ocorre essa interação”. A defesa também ressalta que há uma testemunha-chave: o ex-companheiro da vítima, que teria visto Valdívia na casa dela.
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