Um grande mistério ronda o futebol paraense neste momento. É uma indagação sobre o que acontece com a Tuna. O clube foi vice-campeão estadual em 2021 com campanha surpreendentemente boa. Em 2022, não repetiu as atuações do ano anterior, mas ainda assim ficou com o terceiro lugar. Veio o Campeonato Brasileiro da Série D e a Tuna faz campanha decepcionante, sem identidade.
Não conseguiu vencer até agora, é lanterna de seu grupo com apenas dois pontos e corre o risco de não passar para a etapa seguinte da competição. Apesar de estar garantida na Série D 2023, imaginava-se que iria brigar pelo acesso à Série C até para tentar mudar de patamar.
O problema é que a equipe treinada inicialmente por Emerson Almeida acabou sendo reformulada aos trancos e barrancos, sem conseguir decolar. Com a série de resultados ruins, a diretoria optou pela mudança no comando técnico. Foi chamado Josué Teixeira, técnico experiente que trabalhou no Caeté durante o Paraense. Veio para tentar salvar a campanha, mas, apesar dos esforços, até aqui não há sinal de recuperação.
Jogadores foram dispensados e, contrariando suas práticas, a Tuna já fez duas fornadas de contratação, sem que isso surtisse efeito. Agora a equipe tenta se reequilibrar para o próximo jogo, neste sábado, contra o Moto Clube (MA), um dos melhores times do grupo.
É preciso entender que, muito além do que ocorre dentro do campo, existem problemas de ordem administrativa que estão interferindo no processo. Nos últimos dias, vários profissionais da área de futebol foram afastados. O diretor executivo Vinícius Pacheco pediu o boné e saiu atirando. Criticou duramente a gestão de futebol.
Disse discordar da política adotada e negou ser empresário de jogador ou se beneficiar com comissão de atletas. Um dos pontos de desagrado de Pacheco foi a dispensa dos jogadores Lucão, Kauê, Alysson, Lukinha e Jayme. Um pouco antes, o zagueiro Romário, os meias Neto Ribeiro e Alexandre e o atacante Paulo Rangel não tiveram contratos renovados.
No ano passado, a Lusa se classificou para a Copa do Brasil e levantou um bom dinheiro na participação deste ano. Mesmo com a entrada desses recursos, o clube enfrenta problemas financeiros e o quadro se agravou depois que a presidente Graciete Maués precisou se afastar para assumir a presidência da FPF interinamente (na condição de gestora do mais antigo filiado). Essa mudança expôs as entranhas e, por ora, o quadro de problemas no plano administrativo acaba tendo correspondência nos maus passos da equipe dentro de campo.
Segundo o diretor Rosivaldo Cabral, a Tuna adotou nova filosofia de trabalho e caminha para uma reestruturação. Os conflitos decorreriam dessa mudança interna. Pode até ser, mas o futebol precisa reagir rápido, a tempo de salvar a temporada e diminuir os prejuízos.
Cassazum celebra os 94 anos da Rádio Clube
A Rádio Clube do Pará foi alvo de uma caprichada e carinhosa homenagem por parte da Diretoria do Cassazum, na noite de quarta-feira, durante o programa “A Turma do Bate Papo". O Departamento de Esportes do clube, à frente o presidente Yedo Mendes, suboficial da Aeronáutica, reverenciou os 94 anos de existência da emissora.
A programação festiva organizada pelo Cassazum teve a presença de vários integrantes da equipe esportiva da Clube, como Guilherme Guerreiro, Giuseppe Tommaso, Carlos Gaia, Paulo Caxiado, Dinho Menezes e Walmir Rodrigues.
Durante a recepção, que incluiu um jantar, Guerreiro, em nome do Grupo RBA, recebeu das mãos do presidente do Cassazum a plaqueta em homenagem à Rádio Clube. Depois da fase aguda da pandemia, foi o primeiro programa Turma do Bate-Papo realizado fora de estúdio.
Novo duelo de titãs já tem dia e hora marcados
A conta-gotas, como sempre, a CBF divulgou ontem os detalhes de mais seis rodadas da Série C, da 11ª até a 16ª. É justamente nesse período que se realiza o clássico Remo x PSC. Como já havia sido informado antes mesmo do início da competição, o jogo será realizado no estádio Evandro Almeida.
O Re-Pa, o 766º da história, vale pela 13ª rodada e ocorre em plena fase de definição para os quadrangulares que definem o acesso. Será realizado no domingo, dia 3 de julho, às 17h, com torcida única, conforme acordado anteriormente – somente torcedores azulinos terão acesso ao Baenão.
O último duelo entre os rivais aconteceu a 6 de abril, na tumultuada final do Campeonato Paraense, quando o Papão venceu por 3 a 1, na Curuzu, mas os azulinos comemoraram o título, pois haviam triunfado no primeiro jogo, no estádio Evandro Almeida, por 3 a 0.
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