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ANÁLISE

Gerson Nogueira analisa início do Clube do Remo no Parazão

O time não consegue apresentar um bom futebol neste início de temporada.

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Imagem ilustrativa da notícia Gerson Nogueira analisa início do Clube do Remo no Parazão camera O time não têm conseguido animar o torcedor com as últimas atuações | Foto: Samara Miranda/Clube do Remo

Quem assistiu o jogo Paragominas x Remo, domingo à tarde, viu um dos piores jogos do time azulino desde aquele Remo x Vitória pela Série B do ano passado. Os jogadores eram diferentes, mas o time foi tão improdutivo quanto. Não havia vida inteligente, prevaleciam os chutões e nenhum plano bem definido de propor o jogo.

Futebol, como se sabe, desde os tempos de Gentil Cardoso, é um esporte dominado pela troca de passes, ocupação de espaços, aceleração de jogadas e aprofundamento em direção à área adversária. Quem não consegue fazer esses movimentos está naturalmente fadado ao fracasso.

As críticas feitas à atuação de domingo foram um pouco exageradas, pois não levam em conta o pouco tempo que o técnico Paulo Bonamigo teve para organizar a equipe e definir um esquema de jogo. Ocorre que clubes de massa sofrem a pressão natural de torcidas exigentes – e impacientes.

No caso do Remo, a cobrança se acentua pela decepção com o rebaixamento à Série C com requintes de tortura ao torcedor. Ao contrário do Brasil de Pelotas, rebaixado desde o começo do returno da Série B, o Remo foi caindo aos poucos, mas sempre alimentando a esperança de que iria se salvar nas rodadas finais. Teve chance até o último jogo, e fracassou.

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Bonamigo herda, ainda, a frustração com a perda do Parazão 2021, quando o Remo era favorito absoluto. Tinha o melhor e mais caro elenco, foi ganhando todos os jogos e acabou sendo eliminado (invicto) em atuação descuidada (e desplugada) diante da Tuna.

Tudo isso compõe o caldo de insatisfações acumuladas pelo torcedor. Para piorar, os dois jogos iniciais no campeonato reforçaram a impressão de que o time é tecnicamente limitado. E é. Nada tão inferior aos demais participantes, mas alguns furos abaixo do principal rival.

A comparação de desempenho expõe a diferença. Enquanto o Remo fez um gol em dois jogos, o PSC marcou seis nas duas rodadas, incluindo o clássico com a Tuna.

A falta de repertório pode ser corrigida. Há tempo ainda para isso, mas a dúvida é se Bonamigo dispõe das peças necessárias para fazer com que o meio-campo funcione. Anderson Uchoa (foto), remanescente de 2021, deveria ser o motor do time, mas se perdeu em meio às deficiências do setor, aí incluídos seus companheiros mais próximos, Pingo e Erick.

O meio tem que ditar a temperatura e a intensidade. É assim desde que a bola foi inventada. Os times usam linhas e desenhos diferentes para chegar ao campo inimigo. Para isso, precisam de recursos (dribles, passes, lançamentos) e velocidade. É a isso que hoje chamamos de transição.

Ocorre que o Remo não avança porque não cria as condições para isso. Só chega ao ataque à base de bolas longas e mal endereçadas. Quando tenta trocar passes acaba parando no bloqueio porque não há qualidade para transpor as linhas de marcação. Desse jeito, mesmo com três atacantes – Bruno Alves, Brenner e Ronald –, o ataque fica anêmico e inofensivo.

A solução só virá com a constatação de que a fórmula está errada. As decisões de Bonamigo e o desempenho dos jogadores nos próximos jogos irão dizer se os problemas estão sendo encarados de frente.

As idas e vindas de Fazendinha

OPSC confirmou a rescisão contratual com o meia Willian Fazendinha, que retorna ao Castanhal, de onde jamais deveria ter saído. Após uma passagem apagada em 2021, vindo de boa campanha no Castanhal, ele não conseguiu abrir espaço no novo elenco formado por Márcio Fernandes.

Atuou apenas oito vezes com a camisa alviceleste, sem marcar presença. Para surpresa geral, chegou a renovar com o Papão para esta temporada, mas foi ficando de lado já na pré-temporada. Não jogou na estreia diante do Bragantino e nem foi relacionado para o clássico com a Tuna.

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Meia habilidoso, Fazendinha era protagonista no Castanhal desde 2020. Sua performance mais lembrada é a do ano passado, quando atuou em 25 partidas e marcou quatro gols. Voltar ao Japiim é a decisão mais sábia.

Projeto abre vagas para futebol feminino

ASecretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) abriu o período de matrículas para a turma de futebol feminino do projeto Gol do Brasil. A iniciativa da CBF atenderá garotas com idades entre 6 e 17 anos. As vagas são limitadas (44) e as matrículas podem ser feitas às segundas e quartas-feiras, das 9h às 15h, na sede da Seel, em Belém.

Os exageros que pautam a mídia delirante

Misto de preguiça e tédio, vejo e ouço a uma distância segura um daqueles programas de TV dedicados a incensar jogadores e clubes do futebol paulista 24 horas por dia. O apresentador, fingindo entusiasmo delirante, apresenta “o principal nome do futebol brasileiro hoje, recém chegado de uma década brilhando na Europa”. A curiosidade aperta, me aproximo então para descobrir quem é o dito cujo.

Ninguém menos que Willian, figura apagada em duas Copas do Mundo ocupando lugar de jogadores melhores que Tite não consegue ver. É daquele mesmo grupinho de “bonzinhos” a que o treinador está preso desde 2018 – Gabriel Jesus, Fernandinho, Fred & cia.

Os adjetivos generosos têm uma explicação: Willian foi revelado pelo bem-amado Corinthians e voltou a Itaquera. A realidade é que o mercado europeu exclui quem já não rende mais.

Sem espaço na Europa, os veteranos voltam ao Brasil pela chance de faturar um pouco mais nos últimos contratos da carreira, beneficiando-se do baixo nível do futebol praticado aqui. David Luiz, Rafinha, Diego Costa, Filipe Luís, Douglas Costa, Renato Augusto, a lista é grande.

Enxergar patriotismo ou amor à camisa é apenas devaneio paulistano.

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