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Revanche: Paysandu enfrenta o Botafogo-PB fora de casa

Com outra postura após desencantar na Curuzu, o Paysandu reencontra o Botafogo-PB e quer devolver a derrota que levou em casa, contra o rival paraibano, no início da Série C.

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Imagem ilustrativa da notícia Revanche: Paysandu enfrenta o Botafogo-PB fora de casa camera Marlon e Marcelo treinam em ritmo de descontração para o duelo de hoje. | Jorge Luis Totti/PSC

Dois meses depois, Paysandu e Botafogo-PB se reencontram na Série C do Campeonato Brasileiro em momentos diferentes daquele jogo da segunda rodada da primeira fase. O Belo sempre se manteve entre as primeiras posições do Grupo A. Já o Papão oscilou bastante, chegando a liderar, cair para o meio de tabela e chegar agora na briga pelas vagas da parte alta. As equipes paraense e paraibana somam os mesmos 16 pontos, um a menos que o Volta Redonda-RJ, que iniciou a rodada na liderança. No jogo de hoje, às 18h, no estádio Almeidão, a equipe bicolor tenta dar o troco.

Isso porque, no jogo de ida, o Botafogo-PB venceu em plena Curuzu, por 2 a 0, aproveitando-se de um momento em que o Paysandu não conseguia fazer valer o mando de campo, o que explica a oscilação na tabela desde então. Na última rodada, o Papão finalmente venceu em casa e tirou um peso significativo dos ombros dos jogadores.

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Para o confronto de logo mais, o Paysandu não terá os volantes Bruno Paulista e Ratinho, ambos suspensos. O desafio do técnico Roberto Fonseca é manter a equipe com um bom aproveitamento fora de casa, justamente contra o time de melhor defesa da competição. Para o comandante bicolor, prenúncio de um grande embate. “Uma equipe que tem um aproveitamento muito bom fora de casa, que no caso é o Paysandu, contra um time muito forte defensivamente. Acredito, até mesmo por conta da tabela, que será um grande jogo de futebol”.

Pelo lado alvinegro, o técnico Gerson Gusmão comentou justamente sobre o poder defensivo do Belo, que é uma grande arma, mas ele prega a necessidade de mais força ofensiva. “Entendo que, para uma equipe ser vitoriosa, passa muito pelo equilíbrio. É mais fácil você ter uma equipe equilibrada quando a sua defesa está coesa e sólida. Isso ajuda naturalmente ao setor ofensivo ter mais confiança e fazer jogadas sem medo de perder uma bola”, disse. “É importantíssimo uma equipe vencedora passar por um sistema defensivo organizado. Futebol é um esporte coletivo. Você enfrenta adversários que estudam e te analisam. Quando ocorre um êxito de uma equipe encaixar e que sofre pouco durante os jogos, a gente fica feliz por fazer parte da construção”, completou Gusmão.

Papão tem histórico melhor

No retrospecto entre Paysandu e Botafogo-PB, o time bicolor leva a melhor com três vitórias contra duas do alvinegro e quatro empates. Para manter esse histórico, o técnico do Papão aposta no comprometimento que diz ter encontrado desde o primeiro dia de trabalho com o elenco. “Temos um grupo muito interessado em trabalhar. Compraram nossa ideia. Sentimos que tivemos uma segunda semana mais intensa, mais aberta de trabalho. Vemos jogadores interessados e preocupados em dar retorno taticamente”, disse Roberto Fonseca, que aposta também na experiência e no foco de seus comandados.

“Precisamos estar mentalmente fortes, focados, concentrados no trabalho. Qualquer ponto é muito bem-vindo e temos que estar sempre pontuando, principalmente por conta da nossa colocação na tabela para que a gente possa obter a classificação”.

Entre os jogadores, há a certeza que o trabalho do técnico, mesmo com apenas duas semanas de clube, já começa a mostrar os resultados que ele espera. “A cada dia que passa, o Roberto vai deixando a equipe mais como ele quer. Ele conversa demais conosco e o grupo tem assimilado bem o que ele quer para melhorarmos”, disse Jhonnatan. “O Roberto Fonseca é um grande treinador, que chegou com o intuito de ajudar. Ele agregou alguns pontos de sua filosofia. Foi muito inteligente, pois tínhamos uma base muito boa defensivamente, com um padrão muito bem definido e ele, ao invés de querer mudar tudo, somente impôs algumas alterações pontuais para ajudar no crescimento da equipe”, completou Victor Souza.

ENTROSAMENTO

Com muito conhecimento sobre o que é o Paysandu, Johnnatan aponta o bom entrosamento entre os atletas como um diferencial que pode dar as caras hoje à noite. “O clima sempre foi muito bom. A gente sabe da nossa responsabilidade, onde estamos e a camisa que vestimos. Mesmo com os resultados ruins em casa a gente sabia que era uma questão de tempo para vencer. Então, sempre trabalhamos com alegria para chegar aos nossos objetivos”.

Rodada anterior deixa clima bicolor ameno

A vitória na rodada passada talvez tenha sido a mais importante das quatro que o Paysandu conseguiu até aqui, nesta Série C, a primeira dentro de casa. Além de levar a equipe de volta ao G4 do Grupo A, ao menos até o início da rodada, amenizou o clima de pressão que havia na Curuzu, colocando o time de volta no panteão de um dos mais fortes candidatos a uma das vagas para próxima fase. Entre os jogadores, sempre houve a certeza dessa condição do Papão.

“O Paysandu é sempre um dos favoritos. Já faz três anos que o clube busca esse acesso e chega perto. Mais uma vez entramos na competição com essa responsabilidade. Para isso, é importante termos essa regularidade dentro de casa, também”, confirma o volante Jhonnatan, um dos mais cotados a iniciar a partida de hoje.

O técnico Roberto Fonseca encara com tranquilidade as cobranças sobre o Paysandu, dando a entender que já sentiu o gosto dela mesmo com pouco tempo no clube. “Acredito que a pressão é uma coisa normal para todos aqueles que trabalham com a camisa do Paysandu. É preciso estar sempre pensando em títulos, acesso, conquista de objetivos. É saber da responsabilidade e para onde queremos ir”.

COMPARAÇÃO

Já o goleiro Victor Souza lembra que, se o Botafogo-PB tem a melhor defesa da competição, a do Paysandu fica apenas um pouco atrás, com o quarto melhor sistema defensivo de toda a Terceirona. Segundo ele, isso é fruto de um trabalho em conjunto e que tem dado resultado. “Mesmo se tivesse melhor que esses números, nós nunca podemos nos acomodar, sempre temos que progredir e buscar aprimorar. Eu me dedico muito para isso junto dos treinadores de goleiros. Com o Paulo Ricardo, Elias e Vitor, os outros goleiros, pois nossa missão é sofrer o mínimo de gol possível”.

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