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RECORDE HISTÓRICO

Brasil lidera conquistas no mundial de atletismo paralímpico

Com 12 ouros e recordes mundiais, destacando atletas como Wanna Brito e Antônia Keyla, Brasil brilha no Mundial Paralímpico de Atletismo em Nova Déli,

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Imagem ilustrativa da notícia Brasil lidera conquistas no mundial de atletismo paralímpico camera Wanna Brito celebra recorde mundial no arremesso de peso | Cris Mattos/CPB

O Brasil tem feito história no Mundial Paralímpico de Atletismo, realizado em Nova Déli, na Índia, com liderança disparada no quadro geral de medalhas da competição, com mais dois ouros e dois recordes mundiais, ao fim desta quinta-feira, 2, o dia mais dourado da delegação na competição até o momento. A amapaense Wanna Brito, no arremesso de peso F32 (paralisados cerebrais), e a piauiense Antônia Keyla, nos 1.500m T20 (deficiência intelectual), subiram ao lugar mais alto do pódio, estabelecendo as novas melhores marcas em suas provas.

No período, o país ainda obteve mais duas pratas: os paulistas Thiago Paulino conquistou a prata no lançamento de disco F57 (que competem sentados) e Thomaz Ruan, nos 400m T47 (deficiência nos membros superiores). Mais cedo, os brasileiros haviam levado dois ouros nos 400m com Bartolomeu Chaves (T37) e Maria Clara Augusto (T47).

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Com isso, o Brasil permaneceu na liderança do quadro geral de medalhas, com 12 ouros, 17 pratas e sete bronzes – 36 pódios no total. Agora, são quatro ouros a mais do que os chineses, que estão em segundo lugar, com oito ouros, 10 pratas e nove bronzes, sendo 27 no total. A Polônia é a terceira colocada, com sete ouros e 14 medalhas ao todo.

Wanna Brito manteve o título mundial ao cravar o novo recorde mundial da disputa. Ela chegou a bater a melhor marca do mundo por duas vezes na prova. Primeiro, fez 8,43m. Depois, atingiu 8,49m e superou os 8,18m que era da própria atleta, feitos em abril deste ano, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

A ucraniana Anastasia Moskalenko ficou com a prata, com 8,07m, e Evgeniia Galaktionova, de país neutro, levou o bronze, com 7,58m. A paulista Giovanna Boscolo também disputou a mesma final e acabou na sexta colocação, com 5,63m.

“Estou muito feliz. Dei meu máximo, meu braço está doendo até agora. […] Quando eu perdi nos clubs, eu fiquei meio triste, mas ainda tinha o peso, e eu sabia que ia dar certo. E deu certo. Hoje foi meu dia. Eu senti que ia dar bom. O club é uma prova mais de extremos. No peso, eu consigo fazer melhor, é um movimento mais fechado, menos instável. O recorde de 8,18m eu sabia que dava para fazer. A distância que eu alcancei hoje, eu nunca tinha feito. Foi a primeira vez. 8,49m eu nunca tinha feito. Estou muito feliz”, disse Wanna, que conquistou sua terceira medalha em mundiais.

Quebra de hegemonia com melhor marca do mundo

A piauiense Antônia Keyla conquistou pela primeira vez a medalha de ouro na prova dos 1.500m T20 (deficiência intelectual). Com o tempo de 4min19s22, ela ainda cravou o novo recorde mundial da disputa, superando o anterior que era de 4min23s37.

A polonesa Barbara Bieganowska-Zajac, detentora da atinga marca mundial e multicampeã do mundo, terminou na segunda colocação, com 4min29s60. A australiana Annabelle Colman ficou com o bronze, com 4min35s56.

“Eu trabalhei muito. Não foi um ciclo, foi a vida toda. Correr é o meu dom, é o que eu sei fazer. Eu estou tão feliz e grata. Eu entrei na prova e pensei em como esse dia é único e não volta. […] Eu cheguei lesionada em Paris 2024, em Kobe 2024. Fiquei para baixo, mas tinha que fazer o que eu sei de melhor, que é correr. […] Eu trago esse chapéu porque fui criada nessa fazenda, onde meu pai era vaqueiro. […] Foram muitas dificuldades para chegar até aqui. A corrida não é nada diante do que já passei. […] Estava cansada de ser segunda, terceira, e agora eu sou campeã do mundo e recordista mundial”, disse a fundista brasileira, que até então, havia sido prata nos 1.500m em Kobe 2024 e prata nos 1.500m em Paris 2023.

Pratas com Thiago Paulino e Thomaz Ruan

Já Thiago Paulino levou a prata no lançamento de disco F57 (que competem sentados), com a marca de 45,69m. O vencedor da disputa foi o libanês Mahmoud Rajab, com 46,73m. O indiano Atul Kaushik completou o pódio, com 45,61m.

O atleta de Orlândia (SP) havia sido campeão na prova em Londres 2017 e ainda é o atual recordista mundial da prova, com 48,55m.

Foi a sexta medalha de Thiago em Mundiais – em Nova Déli, ele ainda compete pelo arremesso de peso, disputa na qual ele é bicampeão mundial (Dubai 2019 e Londres 2017). A final será no sábado, 4.

Entre as provas de pista, o paulista Thomaz Ruan conquistou a medalha de prata na final dos 400m T47 (defiiência nos membros superiores). Ele fez seu melhor tempo na temporada – 47s90 – e chegou atrás somente do marroquino Aymane Haddaoui, que fez 47s14. O sul-africano Collen Mahlalela completou o pódio, com 48s04.

Essa foi a segunda prova de Thomaz em Nova Déli. Ele foi quarto lugar nos 100m. É a primeira vez que o velocista compete duas provas em uma única edição de Mundial. É a segunda medalha de Thomaz na história da competição. A primeira também foi a prata nos 400m no Mundial Dubai 2019.

“É minha prova favorita. Sabia que seria dura. A semifinal foi boa, achei que os adversários tinham gastado tudo, então eu estava forte na raia nove. Ali, a gente não vê os adversários, é como correr sozinho. E eu senti que estava sozinho até os 300m, deu para guardar um gás para o final e acelerar. Estou muito feliz com o resultado, com o Mundial”, analisou Thomaz Ruan.

Mais participações brasileiras

Outro brasileiro envolvido em finais nesta manhã, o pernambucano Romildo Santos terminou na quarta colocação do salto em distância T44 (deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese), com a marca de 6,42m. O vencedor da prova foi o italiano Marco Cicchetti, que saltou em 6,98m.

Pelas eliminatórias dos 100m T12 (deficiência visual), apenas uma das três velocistas do Brasil avançaram às semifinais da prova. A capixaba Lorraine Aguiar fez 12s29 e cravou o sexto melhor tempo entre as classificadas. A potiguar Clara Daniele, devido a forte chuva no momento da prova, teve um problema com a guia (pequena corda que a une ao atleta-guia) e não terminou a disputa, sendo desclassificada.

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