Aqueles que já enfrentaram a perda de um ente querido conhecem profundamente a dor da saudade. À medida que os dias avançam, as lembranças surgem, fazendo o coração apertar até parecer que dói. É uma experiência única e pessoal, não é mesmo? Quem passa diariamente por isso e descreveu a sensação foi o médico Thales Bretas, viúvo do humorista Paulo Gustavo.
Em um texto emocionado por meio de um post em suas redes sociais, Thales abriu o coração para falar sobre os três anos sem o marido, que morreu em 4 de maio de 2021, aos 42 anos, por complicações decorrentes da Covid.
O médico iniciou o texto falando sobre a dor do luto. Segundo ele, ainda que tente não o incomodar tanto com essa data, uma melancolia lhe arrebata antes, durante e depois dela. “Embora eu não fale muito publicamente sobre o luto, ele mora dentro de mim, quer eu queira quer não. Ninguém quer. Mas o fato, e que eu aprendi ao longo desses três anos, é que ele está e estará sempre aqui. Esse agora sou eu."
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Além disso, o médico revelou que a morte de Paulo não foi superada. Pelo contrário, o transformou para sempre, como um nascimento. “Enquanto o nascimento é a promessa de um novo mundo que se revela aos poucos, a morte é a certeza de que um mundo acabou abrupta e definitivamente. Pessoas me perguntam como consegui “superar” ou seguir após tamanha perda. E a verdade é que não se supera. Nem o tempo cura. Ele te mostra a necessidade de se reencontrar nessa ausência. Na saudade. Na adaptação dos planos. É fato que, pra quem fica, a vida continua."
Bretas prosseguiu: "E eu acho, sempre achei e acharei que tem muito o que se viver enquanto nos é dado esse presente. Presente que revoga passado, reinventa futuro… mas revela surpresas, a cada minuto. Horas boas, horas bem amargas… algumas são digeridas em minutos. Outras te marcam como cicatrizes, e te tornam uma pessoa completamente diferente, pra sempre. E o que é o pra sempre? É esse ínterim que temos pra processar tudo isso enquanto nosso mundo também não apaga a nossa luz… assim é um pouco do que sinto hoje. Amanhã pode ser diferente. Mas minhas marcas carrego comigo. São parte da minha identidade. Nunca o todo. Mas parte, no meu pra sempre, sempre serão."
Paulo Gustavo marcou o cinema com a personagem Dona Hermínia, que foi sucesso de bilheteria em todo o país. A grande inspiração para a personagem veio da mãe do artista, Dona Déa. A história da mãe levou multidões às salas de exibição e se tornaram referência cinematográfica.
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O humorista morreu no auge da carreira e ainda hoje sustenta uma legião de fãs e amigos.
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