
A cidade de Belém recebe pela primeira vez a exposição itinerante “Netsuke Contemporâneos Esculpidos em Madeira”, evento realizado no Museu de Arte Sacra até o dia 2 de outubro, na Cidade Velha. A exposição é organizada pela The Japan Foundation e coorganizada pelo Consulado do Japão em Belém. Com entrada gratuita, o evento é realizado na capital paraense após passagens em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e Recife. Depois de Belém, ela segue para Manaus onde encerra a itinerância em território brasileiro.
Na ocasião, 65 trabalhos de netsuke de madeira de autores atuais foram selecionados sob um novo ponto de vista de artesanato contemporâneo. As peças com cerca de três centímetros de tamanho são de variadas idades, datando, por exemplo, entre as décadas de 1990, 2000 e 2010. O netsuke é um “prendedor” de uso cotidiano e de origem popular que existe desde o Período Edo (1603-1868) no Japão e tornou-se muito valorizado como arte e artesanato.
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As peças são pequenas esculturas esculpidas em diversos tipos de design que eram usadas, entre as funções, como fechos para recipientes de carimbo ou estojos para tabaco durante o Período Edo. O diminuto tamanho das peças e a riqueza de detalhes evidenciam a técnica aplicada, mesclando o tradicional com o moderno, incluindo influências do universo anime e da cultura pop japonesa.
O cônsul principal do Japão em Belém, Tomio Sakamoto, ressalta que o Pará abriga a terceira maior comunidade nipo-brasileira do Brasil e que a exposição itinerante direciona os holofotes para uma faceta ainda não conhecida da cultura japonesa, “expressa nas pequenas obras de arte, a beleza das técnicas de escultura, excelência artística e caráter lúdico”.
Ainda conforme Sakamoto, a releitura contemporânea de uma arte tradicional é a condensação do esforço em manter as diferentes culturas por mais tempo e dar a ela novos ares. “É muito mais fácil compreender uma outra cultura quando se consegue enxergar elementos similares à nossa própria cultura. A arte cumpre esse papel de ponte, ajudando as pessoas a relacionar o que ouvem sobre a cultura japonesa com o que elas visualizam nas obras, fazendo relação com aquilo que já conhecem.”
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