
A atriz brasileira Dira Paes vivenciou um fim de semana marcante em Hollywood ao lado da renomada atriz americana Julia Roberts. O encontro especial ocorreu durante evento de promoção do filme "Manas", dirigido pela cineasta brasileira Marianna Brennand, realizado no último sábado (13).
O evento contou com a presença de Sean Penn, que atua como um dos produtores executivos do longa-metragem brasileiro. A reunião de personalidades de destaque do cinema internacional demonstra o reconhecimento que a produção brasileira tem conquistado no cenário cinematográfico mundial.
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Julia Roberts expressou publicamente seu entusiasmo pela obra cinematográfica, destacando a importância temática do filme. A atriz americana descreveu "Manas" como uma "afirmação da vida de uma forma tão triste, bonita e mágica", ressaltando como a produção aborda temas complexos de violência e superação de maneira sensível e impactante.

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"Manas" conquistou uma posição de destaque ao ser incluído entre os filmes pré-selecionados para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional. Esta conquista representa um marco significativo para o cinema nacional e evidencia a qualidade da produção dirigida por Marianna Brennand.
Trama centrada na realidade amazônica
A narrativa de "Manas" gira em torno de Marcielle, uma menina de apenas 13 anos que vive na Ilha de Marajó. A protagonista enfrenta situações de violência presentes tanto em sua família quanto em sua comunidade, retratando uma realidade social complexa da região amazônica brasileira.
A escolha de ambientar a história na Ilha de Marajó não é casual, considerando que a região enfrenta desafios sociais significativos, incluindo questões relacionadas à violência doméstica e exploração de menores.
O filme busca dar visibilidade a estas problemáticas através de uma abordagem cinematográfica sensível e responsável.
Dez anos de pesquisa e desenvolvimento
A diretora Marianna Brennand revelou em entrevista que o projeto demandou uma década de pesquisa minuciosa para sua construção. Este extenso período de preparação foi fundamental para desenvolver personagens complexos e abordar a temática da violência de forma profunda e respeitosa.
O processo de pesquisa prolongado demonstra o compromisso da cineasta em retratar com fidelidade e sensibilidade as questões sociais abordadas no filme, evitando estereótipos e superficialidade no tratamento dos temas delicados.
Desafios na abordagem da violência
Brennand comentou sobre os desafios específicos enfrentados ao abordar o tema do abuso sem intensificar ou glorificar a violência. A diretora buscou encontrar um equilíbrio delicado entre mostrar a realidade crua e manter a dignidade das vítimas representadas na obra.
"Todas as violências são silenciadas por quem faz e por quem sofre", destacou a diretora, evidenciando sua compreensão profunda sobre a complexidade psicológica que envolve situações de violência doméstica e familiar.
Durante o desenvolvimento do projeto, Brennand enfrentou resistência de algumas pessoas que preferiam não se envolver com a temática abordada. Esta reação ilustra como temas relacionados à violência, especialmente contra crianças e mulheres, ainda são considerados tabus em diversos contextos sociais.
A diretora também observou que muitas mulheres não reconhecem que estão vivendo situações de violência, o que adiciona uma camada adicional de complexidade ao problema social retratado no filme.
Esta constatação reforça a importância de obras cinematográficas que abordem tais questões de forma educativa e conscientizadora.
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