À medida que o campeonato se aproxima do apito final, o ambiente costuma ganhar camadas de tensão que vão muito além do campo de jogo. É a fase em que rivalidades antigas reacendem, discursos se tornam munição emocional e cada resultado carrega consequências que ultrapassam o placar. Nesse cenário, palavras ganham o poder de empurrar ânimos, moldar expectativas e incendiar arquibancadas.
Foi nessa atmosfera que o presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, voltou a provocar o arquirrival ao comentar a entrada do Goiás no G4 da Série B. Sem rodeios, afirmou: "Eu não vou torcer para o Goiás subir para a Série A, nem nessa e nem na próxima encarnação." A declaração, além de repercutir entre as torcidas, deixa explícito que o clube esmeraldino não deve esperar qualquer "mãozinha" do rival no confronto decisivo da última rodada.
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O motivo é simples: uma vitória - ou até mesmo um empate - do Atlético-GO diante da Chapecoense, fora de casa, poderia deixar o Goiás ainda mais próximo do acesso. Mas Batista, mesmo não tendo falado explicitamente em entregar o jogo, tratou de reforçar que o rival não deve contar com benevolência. Segundo o cartola, o Atlético entrará em campo para defender os próprios interesses, enquanto a Chape luta diretamente com Remo, Criciúma e o próprio Esmeraldino pela vaga na elite.
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"O GOIÁS QUE FAÇA SUA PARTE"
No entanto, Batista fez questão de enfatizar que nada será feito fora das regras: nada de “entrega”, tampouco escalação de um time sub-20. Com a ironia de sempre, lembrou que o próprio Atlético já tem dificuldades para vencer partidas que lhe interessam — que dirá quando são do interesse de terceiros. E completou a provocação: “O Goiás que procure ganhar o seu jogo, que faça a parte dele. Já teve chance de ser campeão da Série B; não venha imputar ao Atlético, a mim, qualquer insucesso”, cutucou.
A última rodada, portanto, se desenha como um quebra-cabeça no qual cada peça movimentada por um clube afeta o destino de vários outros. Entre rivalidades históricas, disputas esportivas e a inevitável matemática do acesso, o futebol brasileiro mais uma vez mostra que, na reta decisiva, cada palavra dita e cada lance jogado têm peso de decisão.
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