Depois do vexame em Ipixuna, quando foi surpreendido pelo Santa Rosa, o PSC se prepara para estrear na Copa Verde, nesta quarta-feira (5), enfrentando o Porto Velho (RO) na Curuzu, às 20h. Oportunidade de ouro para recuperar confiança e fazer as pazes com a desconfiada Fiel Bicolor.
O técnico Márcio Fernandes deu uma entrevista no domingo (2) que primou pela sinceridade, algo raro nesse tipo de declaração de profissionais do futebol. Disse que qualquer coisa dita após a derrota iria soar como mera desculpa e admitiu que o time jogou muito mal mesmo.
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Foi a melhor coisa que podia ter acontecido. No fundo, o torcedor sabe que esta fase do campeonato é também um período de experiências. É quando o técnico começa a estruturar o time e a pensar em alternativas de jogo.
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Derrotas como a de domingo refletem oscilações normais, que não podem ser interpretadas ou avaliadas como problemas graves ou insanáveis. Pelo contrário. A hora é de identificar erros para acertar na dose do remédio. O fundamental mesmo é evitar exageros e radicalismos nas críticas.
O PSC entrou sem Borasi, Matheus Vargas e Rossi no jogo contra o Santa Rosa porque Márcio Fernandes se preocupou em poupá-los para o compromisso mais importante da semana: o confronto eliminatório com o Porto Velho, pela Copa Verde. Fez a opção certa.
Hoje à noite, o PSC terá força máxima para garantir a classificação e avançar na competição regional. Certamente terá o apoio do torcedor, consciente de que a derrota no Parazão foi apenas um detalhe.
Leão traz paraguaio, mas Cauã brilha na estreia
O Remo confirmou ontem a contratação do lateral/ala esquerdo Alan Rodriguez, de 24 anos. Formado na base do Cerro Porteño, disputou 127 partidas em cinco temporadas e foi campeão paraguaio em 2021. O anúncio do novo reforço veio um dia depois do quase vexame frente ao Capitão Poço pela 4ª rodada do Campeonato Paraense.
Por coincidência, Alan foi anunciado depois da boa atuação do garoto Edson Cauã, oriundo das divisões de base do Leão. Com personalidade, ele foi um dos destaques do time no empate de 2 a 2 no Mangueirão.
Marcou com consciência, atacou e apoiou as ações de meio-campo. Apareceu também para finalizar em duas ocasiões. Enfim, seguiu à risca o receituário que todo prata-da-casa deve cumprir para mostrar seu valor.
É claro que essa regra comporta exceções. Quem acompanha de perto o futebol paraense sabe que são escassas as chances de um jogador regional emplacar como titular na dupla Re-Pa. Existem exemplos aos montes.
No próprio Remo atual, o jovem ala direito Kadu encantou a todos com a atuação diante do São Francisco, mas não conseguiu se segurar no time titular. Jogou duas vezes, mas acabou substituído por Marcelinho nas duas últimas partidas, contra Águia e Capitão Poço.
Cauã, apesar da performance satisfatória anteontem, não tem muita expectativa de aproveitamento futuro. Precisará de muita paciência porque o experiente Sávio é o titular e Alan Rodriguez vai chegar com cartaz suficiente para brigar por um lugar no time.
São as agruras de um ofício ingrato para quem resolveu ser boleiro profissional mesmo tendo nascido no Pará.
Horário da TV põe fim à polêmica desnecessária
A diretoria da Tuna saiu com uma nota na segunda-feira, 10, avisando que o clássico do próximo domingo com o Remo seria disputado no estádio do Souza, às 16h. Dentro do limite de tempo regulamentar para descanso dos atletas remistas, mas longe do bom senso.
O simpático estádio do Souza não tem refletores e não pode receber jogos que precisem de iluminação artificial. Apesar dessa evidência, o clube cruzmaltino resolveu fincar pé, mas a inútil polêmica chegou ao fim ontem.
Por força do horário previsto pela emissora (TV Cultura) que detém os direitos de transmissão, a partida terá que ser realizada às 18h. Com isso, o palco será o Mangueirão, como deveria ter sido definido desde sempre.
Fogão conversa com Tite, para desespero da torcida
Sob os efeitos (e as críticas) da derrota na Supercopa Rei, a cúpula da SAF do Botafogo resolveu se mexer. Depois de dois meses sem técnico, desde a saída de Artur Jorge, o time precisa ter mais que um quebra-galhos no comando. Todo mundo viu que a ausência de um treinador foi uma das causas da pífia apresentação no Mangueirão.
O problema é que a dificuldade em trazer um nome de prestígio mundial, como Rafa Benítez ou Roberto Mancini, levou o dono da SAF a baixar o nível de exigência. Começou a conversar com ninguém menos que Tite, de passagem horrorosa pelo Flamengo no ano passado. Péssima ideia.
Resumo da ópera: o botafoguense não tem um dia de paz.
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