
O Egito divulgou nesta quinta-feira (21) a descoberta de partes de uma cidade submersa na baía de Abu Qir, em Alexandria. Entre os achados estão edifícios, artefatos e um porto antigo com mais de 2.000 anos, possivelmente ligados à antiga cidade de Canopus, que teve destaque durante a dinastia ptolomaica e o domínio romano.
Segundo autoridades egípcias, terremotos e o aumento do nível do mar levaram à submersão da cidade e do porto próximo de Heracleion. Guindastes foram utilizados para erguer estátuas das profundezas, enquanto mergulhadores auxiliaram na recuperação de itens específicos, selecionados conforme critérios rigorosos, conforme declarou o ministro de Turismo e Antiguidades, Sherif Fathi.
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Descobertas arqueológicas
Entre os vestígios submersos, foram identificados:
- Edifícios de calcário usados como templos, residências e estruturas comerciais;
- Reservatórios e lagoas esculpidas na rocha para armazenamento de água e cultivo de peixes;
- Estátuas de figuras reais e esfinges, incluindo uma parcialmente preservada de Ramsés II;
- Figuras ptolomaicas e romanas danificadas, como estátuas sem cabeça ou fragmentos em granito e mármore;
Um navio mercante, âncoras de pedra e guindaste portuário datados das eras ptolomaica e romana, em um cais de 125 metros usado até o período bizantino.
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Alexandria e o risco de submersão
Alexandria concentra diversos sítios arqueológicos, mas enfrenta risco de afundamento devido ao aumento do nível do mar e à crise climática. A cidade apresenta taxa de afundamento superior a 3 mm por ano. Segundo projeções da ONU, até 2050, cerca de um terço da cidade pode ficar submerso ou inabitável.
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