
Uma descoberta arqueológica foi feita recentemente na costa de Campo di Mare, na região do Lácio, próxima a Roma, onde uma antiga cidade submersa, datando de mais de dois mil anos, foi identificada. A revelação aconteceu após expedições realizadas entre 2023 e 2024, coordenadas pela Soprintendenza Archaeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale, órgão responsável pela escavação e conservação do patrimônio arqueológico regional.
A cidade submersa foi identificada após pescadores locais reportarem a presença de estruturas incomuns no leito marinho. Mergulhadores e arqueólogos utilizaram tecnologia de ponta, incluindo sonar e drones subaquáticos, para mapear o fundo do mar e confirmar a existência de ruínas romanas. O achado inclui paredes de pedra, ruas pavimentadas e diversos artefatos, como cerâmicas e ferramentas de bronze, além de uma estrutura circular de cerca de 50 metros de diâmetro.
A estrutura circular é composta por paredes duplas de tijolos e um piso em "opus spicatum", característico da arquitetura romana de luxo. Ela é um dos principais marcos encontrados no sítio. A análise das técnicas de construção e dos materiais, como "opus signinum" (concreto romano impermeável) e cocciopesto (material usado na cobertura), sugere que o local era um sofisticado pavilhão portuário, possivelmente parte de uma villa de luxo pertencente a um aristocrata romano.
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A cidade submersa, que remonta ao século I a.C., está muito bem preservada, o que permitiu aos arqueólogos estudar a vida cotidiana dos romanos da época. O pavilhão portuário encontrado no local sugere ainda que a área era um importante ponto de intercâmbio marítimo, que conectava diversas regiões do Mediterrâneo durante o apogeu do Império Romano.
Causas da submersão e preservação do sítio
O que levou à submersão da cidade ainda está sendo investigado pelos especialistas. As hipóteses incluem atividades sísmicas, que são comuns na região, elevação do nível do mar devido a mudanças climáticas naturais ou desastres naturais, como tsunamis. Esses fatores, combinados com o possível abandono da cidade ao longo do tempo, podem ter resultado na gradual submersão da área, o que deixou ela preservada e protegida da erosão causada pela ação humana.
Próximos passos nas escavações
Agora que a cidade submersa foi identificada, as escavações e estudos no local vão continuar. Os próximos passos incluem um mapeamento ainda mais detalhado das estruturas e ruas submersas, a coleta e análise de artefatos para entender a função e origem deles, além de investigações sobre as causas reais da submersão. Os pesquisadores também vão realizar estudos ambientais para entender melhor as mudanças climáticas e sísmicas que ocorreram na região ao longo do tempo.
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O programa de restauração subaquática já está em andamento com a Soprintendenza Archaeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale à frente das ações de preservação e devem durar cerca de três anos. Como medida de proteção, a área está restrita à navegação para evitar danos ao sítio arqueológico. O trabalho de conservação tem como objetivo garantir que os achados possam ser analisados com precisão e compartilhados com a comunidade científica e o público.
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