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Sexo: veja aqui as 10 perguntas mais feitas no Google

A maioria das pessoas já teve dúvidas relacionadas ao sexo e é comum dá uma olhadinha no Google para tirar essas dúvidas, então veja quais são as perguntas mais buscadas na plataforma sobre esse assunto no Brasil em 2023

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Imagem ilustrativa da notícia Sexo: veja aqui as 10 perguntas mais feitas no Google camera A falta de comunicação sobre educação sexual contribuem para essas dúvidas | Foto: Reprodução/Freepik

O assunto sexo ainda envolve muitos tabus, nem todo mundo fala abertamente esse assunto, mesmo quando há algumas dúvidas e curiosidades. Há grupos de amigos que são mais fechados e não emplacam esse tema durante as conversas, tem também aquelas pessoas que se sentem travadas ao para abordar o assunto por medo de serem julgadas ou de receberem alguma resposta indevidas e outras se deixam levar por princípios religiosos, que muitas vezes transforma o sexo como algo indevido de ser falado.

E para os mais tímidos, o Google é um bom aliado para tirar essas dúvidas. Mas, afinal, o que será que as pessoas estão procurando por lá? O Google enumerou quais são as 10 pesquisas mais realizadas sobre sexo no Brasil em 2023 a partir da pergunta “o que é…” . Essa consulta foi feita por meio do Google Trends, que coleta e organiza dados de bilhões de buscas feitas por pessoas em todo o mundo por meio de um sistema de inteligência artificial que atua em tempo real. E, entre as perguntas mais buscadas, os usuários buscaram os significados de libido, orgasmo, beijo grego e sexo oral, anal e virtual.

Confira as 10 perguntas sobre sexo mais buscadas no Google:

O que é libido?

O que é gozar?

O que é beijo grego?

O que é sexo oral?

O que é sexo anal?

O que é ménage?

O que é sexo tântrico?

O que é sexo casual?

O que é sexo selvagem?

O que é sexo virtual?

A sexóloga Allys Terayama analisa que na plataforma, os usuários se sentem livres para fazer indagação sem temer críticas. “No Google, as pessoas têm um espaço de privacidade sem julgamentos: o que pode ser normal para mim, pode não ser para os outros. Por isso, uso uma ferramenta para pesquisar as minhas curiosidades. Por exemplo, se sou uma pessoa casada, não tive outras experiências e tenho um sexo ruim, é natural que eu queria saber mais informações”, aponta.

A especialista diz que é até apavorante pensar que as pessoas façam perguntas tão básicas ao Google em relação ao sexo, como o que é gozar ou o que é sexo oral. “O nível de desinformação me assusta. Fico imaginando: que tipo de vida sexual essa pessoa leva? São sujeitos que não conversam uma com as outras, vivem a dúvida em silêncio, e esse silêncio é respondido pelo Google. É uma pena porque elas não podem perguntar nada, exatamente por medo de retaliação”, considera.

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A falta de educação sexual nas escolas e aos escassos diálogos em ambientes familiares, são alguns dos motivos que contribuem para a falta de comunicação sobre sexo, disse Allys. “Um empurra para o outro: enquanto os pais acham que os filhos devem aprender sobre sexualidade, a escola acredita que a primeira conversa precisaria ser feita em casa. Eu penso que o ideal seria contratar profissionais específicos para conversar sobre sexologia nas instituições de ensino, em vez de falar sobre o tema somente nas aulas de ciência, que trata apenas dos aparelhos reprodutores masculino e feminino”, indica.

Cuidados com as pesquisas no Google

Não há nada que impeça um menor de idade de acessar conteúdos pornográficos, por exemplo. Por isso é necessário tomar cuidado durante as buscas. “Eu defendo que deveria existir alguma ferramenta para blindar esse tipo de conteúdo para determinados públicos. Uma simples pesquisa pode despertar em uma pessoa coisas que ela sequer pensava e que podem ficar guardadas para o resto da vida”, evidencia Allys.

A especialista alerta para o fato que muitas pessoas possam se frustrar ao se depararem com certos resultados. “Ao fazer uma busca, uma pessoa pode descobrir que não está totalmente feliz coma sua vida sexual. Se ela está disposta a sair da zona de conforto, ótimo. Caso contrário, pode ser traumatizante. Além disso, se alguém estiver passando por uma fase de depressão, ansiedade ou até mesmo ter vivido um abuso sexual, esse tipo de pesquisa pode levar a outra decepção e provocar gatilhos. Por isso, deve-se estar preparado para encontrar tanto coisas positivas quanto negativas”, avisa.

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Mesmo assim, a sexóloga defende que as pesquisas no Google podem representar o primeiro passo para um desejo não-manifestado. “Quando alguém pesquisa sobre o que é um beijo grego, por exemplo, inevitavelmente vai cair em um vídeo. Inicialmente, ela pode sentir nojo, mas o corpo vai reagindo aquilo, e assim pode perceber que os desejos passam por cima de qualquer pudor e que um beijo grego nada tem a ver com sexualidade, e, sim, com prazer”, elabora.

A profissional ainda cita como exemplo problemas experienciados no consultório dela, frutos de pesquisas rasas na web. “Muitas pessoas chegam até mim com respostas prontas sobre determinados temas. Mas se ele me procurou significa que não está totalmente satisfeito, né?”, diagnostica.

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