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DIA DA FELICIDADE

Hoje 20 de março é dia de celebrar a felicidade

Data, que foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como base a proposta de fazer da felicidade um índice para mensurar o bem-estar socioeconômico. E você? Se considera feliz?

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Imagem ilustrativa da notícia Hoje 20 de março é dia de celebrar a felicidade camera Mirací Alexandre "Procuro trabalhar com um sorriso no rosto" | Foto: Mauro Ângelo

O mundo celebra neste domingo (20), o Dia Internacional da Felicidade, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), baseada na proposta de fazer da felicidade um índice para mensurar o bem-estar socioeconômico.

“Embora seja um conceito subjetivo, este sentimento pode estar ligado também, de forma mais ampla, a um nível de satisfação nas relações interpessoais com as quais fazemos parte, aos ambientes onde estamos inseridos ou atrelado a bens materiais, uma vez que vivemos em uma sociedade capitalista e é um tanto inevitável não vincular também a bens mais tangíveis”, afirma a psicóloga Rayara Lopes.

A felicidade, segundo ela, também pode estar atrelada à qualidade de vida, ou seja, ao acesso a elementos básicos como alimentação, saúde, lazer, cultura, moradia, dentre outros.

Socorro Loura conta que tem tudo que pede a Deus
📷 Socorro Loura conta que tem tudo que pede a Deus |Foto: Mauro Ângelo

Mas como funciona este conceito no imaginário coletivo? Há quem acredite que não é possível ser plenamente feliz e que existam apenas momentos de felicidade, já que muitas vezes, as pessoas precisam enfrentar algumas adversidades no decorrer da vida.

Rayara explica que os seres humanos vivem em constante movimento, buscando uma reorganização ou reestruturação interna, e ressignificando situações, o que na psicologia denominam de Tendência à Atualização. “Por isso, diante dos problemas, o indivíduo ainda é capaz de encontrar a felicidade em si próprio. Nas suas vivências e mesmo ante a tragédias mais pessoais é possível encontrar novos caminhos e novos sentidos para viver bem”.

Para a psicóloga, é sempre importante fazer uma auto avaliação sobre este sentimento. “Devo pensar minimamente o que me faz feliz. Entretanto, entender que, mesmo me considerando feliz, posso ter momentos de tristeza, sentimentos desconfortáveis, e isso não significa que eu não tenha uma vida feliz, de maneira mais ampla”, esclarece.

Em resumo, ela acredita que ser feliz ou se considerar feliz também não está associado a ser constantemente alegre. “É como diz a música do Frejat: ‘que você descubra que sorrir é bom, mas que rir de tudo é desespero’. Ou seja, uma felicidade tão constante acaba sendo um exagero e euforia”.

Rayara Lopes explica que é importante fazer uma auto avaliação sobre este sentimento
📷 Rayara Lopes explica que é importante fazer uma auto avaliação sobre este sentimento |Foto: Divulgação

SOLIDARIEDADE

Com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, muitos indivíduos enfrentaram situações delicadas, com perdas de entes queridos, sequelas em decorrência da doença, dentre outras questões que pudessem comprometer o que se entende por felicidade.

Desta forma, enxergá-la nas pequenas realizações diárias passou a ser uma máxima constante. “A pandemia nos fez repensar sobre nossos modos de felicidade, algumas questões sociais e impactou de maneira muito particular cada pessoa e cada realidade”, diz ela, acrescentando que este sentimento acabou sendo direcionado para uma visão mais social. “Quando pensamos em felicidade também atrelamos à qualidade de vida, avaliando o que ficou de melhor ou pior”.

Para além desta reflexão, ela reforça que o sentimento pode ser individual e, ainda, ser estendido aos outros. “Penso que, se sou feliz, porque não tentar fazer a vida de outras pessoas felizes? Como cooperar para a felicidade de outros indivíduos que, às vezes, não têm os mesmos recursos que eu? Devemos avaliar o que compõe a nossa felicidade e valorizar esses momentos, as pessoas que nos fazem felizes e ter sempre um olhar mais amplo, para além de nós mesmos”.

É com esta premissa que o fundador do grupo Ação Solidária, José Neto, busca a felicidade. Desde 2014 ele entrega lanches e refeições a pessoas em situação de rua, replicando o sentimento a todos.

“Realizamos a ação todas as terça-feiras, com amigos e parceiros. Me sinto feliz em fazer o bem e sem esperar nada em troca. Isso me proporciona vários níveis de sentimentos, pois ao mesmo tempo em que é triste, porque são pessoas em situação de vulnerabilidade, envolvidos com drogas, conflitos familiares, etc, vejo que podemos levar um pouco de alegria e colaborar com um pouquinho de felicidade para eles, que nos recebem com um sorriso no rosto e gratidão nos corações. Compartilhamos com eles bons momentos, não apenas alimentos”, diz Neto.

Para ele, a felicidade é sinônimo de alegria e não tem receita, podendo vir em qualquer momento da vida. “Procuro deixar os problemas de lado e focar nas coisas boas. Acredito que coisas boas acontecem com pessoas boas. É como receber uma bênção”

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