
Você já se perguntou por que as velocidades máximas mudam tanto de uma estrada para outra? Ou por que, mesmo em trechos parecidos, uma via permite 100 km/h e outra apenas 60 km/h? A resposta está longe de ser simples ou aleatória. Ela envolve engenharia de tráfego, segurança viária e normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Mais do que uma placa na beira da estrada, os limites de velocidade são resultado de estudos técnicos e decisões regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Segundo o CTB, cada velocidade máxima é definida com base em uma análise criteriosa das condições da via. Os técnicos consideram fatores como o número de curvas, a qualidade do asfalto, a visibilidade, a presença de pedestres ou veículos lentos, além da distância necessária para que um veículo consiga frear com segurança. Tudo isso é avaliado para reduzir o risco de acidentes e preservar vidas.
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Um dos métodos mais usados para definir os limites é a chamada “velocidade de 85%”. Esse indicador leva em conta a velocidade média praticada por 85% dos motoristas que passam por um determinado trecho. A lógica é simples: entender como os condutores se comportam naturalmente e ajustar o limite de forma realista — sem comprometer a segurança.
Em áreas com escolas, cruzamentos perigosos, tráfego intenso ou fluxo de pedestres, por exemplo, o limite costuma ser mais baixo. Já em rodovias bem pavimentadas, com boa sinalização e visibilidade, os limites tendem a ser mais altos. Tudo depende do contexto e do tipo de trânsito esperado.
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Mas, e quando não há placas?
Nesses casos, o artigo 61 do CTB estabelece os limites “padrão” que devem ser seguidos. Em vias urbanas, o limite varia entre 30 km/h e 80 km/h, dependendo do tipo de rua. Nas rodovias, veículos leves podem trafegar a até 110 km/h, enquanto os pesados devem respeitar o limite de 90 km/h. Já em estradas de terra ou não pavimentadas, o máximo é 60 km/h para todos.
Além da velocidade máxima, também há uma mínima: trafegar abaixo de 50% do limite permitido pode representar risco ao fluxo normal da via. Ou seja, se a máxima for 110 km/h, não se deve rodar a menos de 55 km/h, salvo em situações especiais.
Mesmo com todas essas regras, o excesso de velocidade ainda figura entre as infrações mais recorrentes no Brasil. As autoridades alertam: desrespeitar os limites não é só uma questão de pontos na carteira ou de multa no bolso — é uma ameaça à vida, especialmente de pedestres, ciclistas e motociclistas, que são os mais vulneráveis em caso de colisão.
Portanto, da próxima vez que avistar uma placa de limite de velocidade, lembre-se: aquele número é fruto de um cálculo que busca equilibrar fluidez no trânsito e segurança para todos. Não se trata apenas de obedecer à lei — trata-se de salvar vidas.
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