
Você sabia que neste sábado (17) é comemorado o Dia Mundial da Hipertensão Arterial? A condição crônica afeta milhões de brasileiros e pode causar uma série de complicações graves, como infarto e AVC.
A doença é caracterizada pelo aumento da pressão do sangue nas artérias. De acordo com dados da pesquisa Vigitel de 2023, no Brasil cerca de 30% da população convive com a condição. O levantamento indica que a prevalência é maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%).
O que é hipertensão?
A pressão alta, ou hipertensão arterial, ocorre quando há uma alta força exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sanguíneos quando ele é bombeado pelo coração.
A medicina considera que há um quadro de pressão alta quando os valores ultrapassam os 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio) ou 14 por 9.
Tontura, falta de ar e dor de cabeça são sintomas comuns da pressão alta. No entanto, na maioria das vezes, a pessoa não apresenta indícios que acusem o problema e só o descobre quando o quadro é grave.
Apesar de não ter cura na maioria das vezes, a hipertensão tem controle com medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis.
Em entrevista ao Metrópoles, o médico cardiologista Rafael Côrtes, do Grupo Santa, em Brasília, a hipertensão é considerada um “inimigo oculto”.
“É bastante comum que a pessoa não saiba que tem hipertensão até sofrer um infarto ou um AVC. Ela é silenciosa, os pacientes descobrem durante um exame admissional, um atendimento ocasional ou uma emergência médica”, destacou.
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A doença tem duas classificações. A primeira é a pressão alta primária, quando não há uma causa específica — forma mais comum da doença — ou secundária, quando está relacionada a outro problema de saúde, como alterações hormonais, doenças renais ou uso de medicamentos.
Fatores como má alimentação, consumo de drogas, álcool, tabaco, além de sedentarismo, obesidade e estresse podem contribuir para o aumento do caso em jovens.
Confira mitos e verdades sobre a hipertensão
1 – Hipertensão só afeta pessoas idosas
Mito. A doença pode atingir pessoas de qualquer idade, inclusive jovens e crianças, principalmente quando há histórico familiar, obesidade ou sedentarismo.
2 – Histórico familiar influencia no risco de desenvolver hipertensão
Verdade. A genética é um dos principais fatores de risco. Quem tem familiares com pressão alta deve monitorar regularmente seus níveis.
3 – A hipertensão aumenta o risco de infarto, AVC e problemas renais
Verdade. A pressão elevada afeta os vasos sanguíneos e pode causar complicações graves se não for tratada.
4 – Se eu me sentir bem, posso parar de tomar os remédios
Mito. A ausência de sintomas não significa que a pressão está controlada. Interromper o tratamento por conta própria é perigoso.
5 – Se eu não tiver sintomas, minha pressão está normal
Mito. A hipertensão é uma doença silenciosa e muitas vezes passa despercebida, mesmo com níveis elevados.
6 – É só cortar o sal que a pressão volta ao normal
Mito. Reduzir o sal ajuda, mas o controle da pressão exige uma combinação de hábitos saudáveis, perda de peso, exercícios físicos e, em muitos casos, uso de medicamentos.
7 – Hipertensão é uma doença crônica que precisa de acompanhamento contínuo
Verdade. A condição geralmente não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado e mudanças no estilo de vida.
8 – Remédio para pressão alta vicia
Mito. Anti-hipertensivos não causam dependência. O uso contínuo é necessário porque a doença é crônica.
9 – Alimentação saudável e exercícios ajudam no controle da pressão
Verdade. Dietas equilibradas, como a DASH, aliadas à prática de atividades físicas, são eficazes no controle da pressão arterial.
10 – Controle do estresse é importante para manter a pressão estável
Verdade. O estresse frequente pode contribuir para a elevação da pressão. Técnicas de relaxamento e pausas na rotina são recomendadas.
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