
A pele é o maior órgão do corpo humano e requer cuidados para que outras doenças infecciosas não se espalhem ou avancem para formas mais graves. Entre essas doenças, a urticária é uma das mais conhecidas entre médicos e pacientes.
Embora a urticária seja comum na infância e, na maioria dos casos, desapareça espontaneamente, cerca de 9% dos pacientes podem evoluir para a forma crônica da condição — caracterizada por irritações cutâneas recorrentes e duradouras. Um novo estudo conduzido por pesquisadores na Turquia mais informações sobre possíveis fatores que ajudam a prever a progressão da doença, auxiliando médicos a oferecer tratamentos personalizados de acordo com cada paciente.
A pesquisa foi realizada com 155 crianças, tendo idade média de cinco anos, diagnosticadas com urticária aguda e atendidas no Hospital Estadual Dr. Cemil Tasioglu, em Istambul. Os pesquisadores analisaram dados clínicos e laboratoriais, incluindo tipos de erupção, presença de febre, infecções recentes, uso de medicamentos, histórico familiar e comorbidades. Entre os participantes, quase 15% apresentavam asma.
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Os especialistas também avaliaram os níveis do anticorpo IgE e a contagem de eosinófilos — células do sistema imunológico frequentemente associadas a reações alérgicas. A gravidade da doença foi medida pelo escore UAS7 (Urticaria Activity Score), que classifica os sintomas em categorias que vão de bem controlados a graves, com base na quantidade de lesões e na intensidade da coceira ao longo de uma semana.
Sinais de alerta para a forma crônica
Entre os resultados do estudo está que crianças com maiores pontuações no UAS7 e com níveis elevados de eosinófilos têm mais chances de desenvolver urticária crônica. Outro fator importante é a necessidade de terapias além dos anti-histamínicos tradicionais. Nessas situações, os pesquisadores recomendaram atenção redobrada e monitoramento contínuo dos médicos.
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A dermatologista Regina Buffman, de Brasília, em entrevista ao Correio Brasiliense, destacou que a urticária pode ter diversas causas, como reações a alimentos, medicamentos, picadas de insetos, cosméticos e até estímulos físicos como calor e pressão na pele. “Ela é considerada crônica quando os sintomas persistem por mais de seis semanas, muitas vezes sem causa identificável e com possível associação a processos autoimunes”, explica.
Tratamento personalizado é essencial
Segundo Buffman, o tratamento da urticária busca principalmente o controle dos sintomas e a melhoria na qualidade de vida. “Utilizamos anti-histamínicos de segunda geração, e em casos mais resistentes, outras opções como imunoterapia ou medicamentos que atuam em vias inflamatórias específicas podem ser indicadas”, afirma. Ela ressalta ainda a importância do acompanhamento com um dermatologista para o sucesso do tratamento.
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