Anestesia ou sedação: quais os riscos na hora de tatuar

As tatuagens, antes vistas como tabu, tornaram-se expressão de arte e identidade, ganhando cada vez mais adeptos em todo o mundo. Hoje, muitos recorrem a grandes e complexos desenhos, como leões majestosos ou figuras que cobrem o corpo inteiro.

Mas o que acontece quando a dor das agulhas leva alguns a buscar métodos inusitados para aliviar o desconforto?

O caso mais recente que chamou atenção foi o do empresário e influenciador Ricardo Godoi, que faleceu após, supostamente, se submeter a uma anestesia geral para realizar uma tatuagem.

A tragédia reacendeu o debate sobre os riscos dessa prática, especialmente em procedimentos não realizados em ambientes hospitalares.

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Famosos como o cantor Igor Kannário, que tatuou o corpo inteiro em uma única sessão, e a influenciadora Rafaella Santos, irmã de Neymar, optaram pela sedação para suportar horas de trabalho com a máquina de tatuagem. MC Cabelinho, por sua vez, revelou ter utilizado anestesia geral para tatuar as costas durante uma sessão de oito horas que o levou à intubação.

Embora essas práticas possam parecer tentadoras, especialistas alertam que tanto a sedação quanto a anestesia geral trazem riscos significativos, principalmente se realizadas fora de ambientes controlados por profissionais capacitados.

Ainda assim, os riscos são reais, tanto pelo uso de anestesia geral ou sedação. Especialistas alertam que a anestesia geral inibe a respiração espontânea e, caso o anestesista enfrente dificuldades para acessar a via aérea do paciente, pode haver riscos de falta de oxigênio nos tecidos.

Existe ainda a possibilidade de complicações como broncoaspiração, crises alérgicas e arritmias. O uso inadequado de anestesia ou sedação pode levar a quedas abruptas de pressão e frequência cardíaca.

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Outro ponto de destaque pelos especialistas trata do tempo de exposição, considerado um fator crucial. Ou seja, quanto mais longa a sedação ou anestesia, maior o risco de complicações.

Diferenças entre sedação e anestesia geral:

• Sedação: É um estado de relaxamento induzido, onde o paciente permanece sonolento, mas ainda pode ser despertado. É considerada menos invasiva e pode ser realizada em clínicas autorizadas pela Anvisa.
• Anestesia geral: O paciente é completamente sedado e perde a capacidade de respirar sozinho, necessitando de aparelhos de ventilação mecânica. Esse tipo de procedimento é indicado apenas em ambiente hospitalar e requer um preparo rigoroso, como jejum e monitoramento contínuo.